terça-feira, 30 de novembro de 2010

O cineasta italiano Mario Monicelli, de 95 anos, suicidou-se ontem, atirando-se da janela do hospital San Giovanni de Roma onde estava internado.
Entre suas obras-primas, Monicelli deixa filmes como "L'Armata Brancaleone" "Quinteto irreverente" e "Meus caros amigos".
Cronista da vida privada, fez, como nenhum outro, em oposição ao neo-realismo (de maneira divertida, caricata, ferina e sutil), uma crítica social ao dia a dia da Itália do pós-guerra.

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Quando era menino, lá trás, o sonho era ser polícia.
Brincávamos disso nas ruas de paralelepípedos do bairro do Carmo, em Belo Horizonte, quando o máximo que ocorria em termos de violência sabida eram roubos de galinha e de jabuticabas nas árvores das casas vizinhas.
Usávamos balas de mamona arremessadas por estilingues e bodoques feitos de ipê.
A ação deste fim de semana, com a participação conjunta das forças constituídas, deu-nos, por um momento, a sensação de que é possível combater, com eficiência, esse horror que se instalou nos morros e nas periferias das cidades brasileiras.
Apesar do parnasianismo e ufanismo predominante no discurso das autoridades entrevistadas pelos jornalistas de todas as mídias, houve, sim, efetividade na invasão do Complexo do Alemão.
Deixando a esperança, vaga – para a criançada de hoje -, que dá, ainda, para sonhar em ser polícia.
"Mantendo nosso espírito esportivo,
social e cultural.
Vamos cantando o hino do América
tão famoso e tradicional. (bis)
E cantamos nossa música querida
vibrando com amor no coração.
Enaltecemos assim a nossa equipe
o nosso América deca campeão.
As suas cores são alviverdes,
tua torcida feminina é demais.
A tua classe aristocrata
é quem fulmina os teus rivais.
América és o maior,
teu futebol é sensacional.
Cantamos para o mundo inteiro,
tu és a gloria do esporte nacional."

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

E o gordinho, coitado, de bermudas, coxas assadas, flagrado pelas câmeras da TV, esvaindo-se de cansaço e dor, subindo, sem rumo, aquele ladeirão que liga a Vila Cruzeiro ao Complexo do Alemão?
“... os materiais mais utilizados pelas crianças são, principalmente,
os provenientes da natureza e que podem ser
encontrados com facilidade nos terreiros de suas casas, nas
matas, no rio e nos igarapés. Folhas e flores, frutos verdes,
principalmente açaí, jambo e cacau, a vassoura e a barquinha
de açaí, terra e água são os mais usados pelas crianças.
Garrafas e gravetos encontrados nos rios e terreiros,
tábuas, bancos e mesas são, igualmente, incorporados às
brincadeiras.
Os instrumentos utilizados pelos pais no extrativismo
do açaí e na pesca também estão presentes nas brincadeiras
das crianças da Ilha do Combu. Dentre esses, a rasa
e o matapi são os mais freqüentes.
Das 13 crianças pesquisadas, apenas sete possuem brinquedos
industrializados. Destas, duas têm um número
significativo deles, mas são impedidas por seus pais de
brincar com eles, servindo apenas como objetos decorativos nas residências.”
Santos Teixeira, Sônia Regina dos Alves e José Moysés em “O Contexto das Brincadeiras das Crianças Ribeirinhas da Ilha do Combu”
"Sonhar é dar à vida nova cor/Dar gosto bom às lágrimas de dor/O sol pode apagar, o mar perder a voz/Mas nunca morre um sonho bom dentro de nós."
Mário Lago

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

"Rebola bola você diz que dá que dá
Você diz que dá na bola, na bola você não dá!"
Cantiga mineira.