O rio é largo.
E as águas são rápidas, escuras.
Lá no fundo, depois das corredeiras, faz uma curva aberta para a esquerda.
A mata é densa.
E os penedos, imensos, se jogam contra o rio, afunilando-o.
Ele olhava para aqueles lados todos os dias, acocorado na beira do barranco.
Deixava o embornal aberto para que os tizius, ariscos, comessem os restos do pão levado para a escola – já o conheciam, desde muitíssimo.
Tentou subir os penhascos, vezes e vezes, sempre só.
A madrasta ralhava por causa dos arranhões provocados pelos arbustos de batatas-do-inferno, que ali têm morada.
O mundo estava lá, pensava, além daqueles paredões.
segunda-feira, 13 de dezembro de 2010
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