- Zé, por que você tampa o nariz todas as vezes que toma pinga?
E ele respondeu:
- É porque eu gosto muito de pinga. Só o cheiro me dá água na boca... mas eu gosto dela é bem pura, sem água.
quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011
terça-feira, 22 de fevereiro de 2011
“Levaram-no para uma cova simples, de preço ínfimo, no Caju. Enterraram-no sem choro escandaloso, com algumas flores das mais baratas. Mas, na honraria que lhe era devida, com a bandeira verde-rosa da escola cobrindo o seu caixão.”
Jota Efegê, em artigo para O Globo, edição de 14/12/71, sobre a morte de Alfredo Lourenço, o Alfredo Português, pai postiço de Nélson Sargento e autor de saudosos sambas-enredo da Mangueira.
Jota Efegê, em artigo para O Globo, edição de 14/12/71, sobre a morte de Alfredo Lourenço, o Alfredo Português, pai postiço de Nélson Sargento e autor de saudosos sambas-enredo da Mangueira.
Publicada em Mariana desde 1870, a tradicionalíssima “Folhinha Eclesiástica de Mariana”, foi criada por D. Silvério para ser um sucedâneo aos calendários, por vezes, digamos, um tanto licenciosos.
Famosa pelo regulamento do tempo – usa o Lunário Perpétuo para os cálculos anuais -, a folhinha de Mariana que se firmou, no decorrer dos anos, como infalível, tem uma tiragem de cerca de trezentos mil exemplares.
Diz-se que “é mais fácil em galinha nascer dente do que a folhinha de Mariana falhar!”
O calendário apresenta orações, instruções religiosas, tabela do amanhecer e do anoitecer, das festas móveis, dos feriados, época de plantio, além de reservar um espaço 11×15 para a propaganda das casas comerciais que o distribuem aos fregueses como brinde de fim de ano.
Aí está, em pleno século XXI, vivíssima!
Famosa pelo regulamento do tempo – usa o Lunário Perpétuo para os cálculos anuais -, a folhinha de Mariana que se firmou, no decorrer dos anos, como infalível, tem uma tiragem de cerca de trezentos mil exemplares.
Diz-se que “é mais fácil em galinha nascer dente do que a folhinha de Mariana falhar!”
O calendário apresenta orações, instruções religiosas, tabela do amanhecer e do anoitecer, das festas móveis, dos feriados, época de plantio, além de reservar um espaço 11×15 para a propaganda das casas comerciais que o distribuem aos fregueses como brinde de fim de ano.
Aí está, em pleno século XXI, vivíssima!
— Mas o senhor quer a nossa ajuda como, prefeito?
— Não fazendo casa onde não deve.
— Mas nós estamos morando aqui, prefeito, porque não temos condições de ter moradia digna.
— Minha filha, então morra, morra!
— Então nós vamos morrer, porque o senhor não faz nada por nós...
— Não diga besteira minha filha, não diga besteira. Você é de onde?
— Eu? Moro aqui.
— Você é de onde?
— Sou do Pará.
— Então, está explicado.
Diálogo do prefeito Amazonino Mendes, de Manaus, com uma moradora da comunidade Santa Marta, sediada em área de risco da capital do Amazonas.
Inacreditável!
— Não fazendo casa onde não deve.
— Mas nós estamos morando aqui, prefeito, porque não temos condições de ter moradia digna.
— Minha filha, então morra, morra!
— Então nós vamos morrer, porque o senhor não faz nada por nós...
— Não diga besteira minha filha, não diga besteira. Você é de onde?
— Eu? Moro aqui.
— Você é de onde?
— Sou do Pará.
— Então, está explicado.
Diálogo do prefeito Amazonino Mendes, de Manaus, com uma moradora da comunidade Santa Marta, sediada em área de risco da capital do Amazonas.
Inacreditável!
segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011
"Jogo horroroso, zero a zero até o meio do segundo tempo. Saldanha, enfurecido, só reclama do time. Telê manda Muller pro aquecimento. O locutor Paulo Stein pergunta:
“João, quem deve sair pro Muller entrar?”
“E eu sei lá?”, responde João, furibundo. “Porra, contra esse time aí? Sai qualquer um! Sai o Casagrande, sai o Sócrates, sai quem quiser! Sai até você, que fica aí me perguntando essas coisas!"
Transcrito do blog do André Barcinski.
“João, quem deve sair pro Muller entrar?”
“E eu sei lá?”, responde João, furibundo. “Porra, contra esse time aí? Sai qualquer um! Sai o Casagrande, sai o Sócrates, sai quem quiser! Sai até você, que fica aí me perguntando essas coisas!"
Transcrito do blog do André Barcinski.
segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011
sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011
quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011
quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011
segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011
Desceu a escadaria, impaciente.
O interessado em alugar a propriedade vinha logo atrás e aquilo o incomodava.
Notou, ali, um movimento qualquer.
E viu, de relance, no fundo do paiol em desarrumação, o corpo de um animal ao lado de fardos de ração, caixotes, bornais, enxós, jacás, rodas de cabreúva.
Um tordilho caído, inerte.
Havia, também - aumentando-lhe a irritação -, um homem e animais menores inteiramente enlameados.
- O que você faz aqui?
- Durmo, só.
- Como?
- Venho tarde. E durmo.
- E quem deixou?
- Não é caso de briga, não senhor...
- Quem?
- A moça.
Expulsou-o.
- Não tenho onde dormir com esse tempo danado.
- E eu com isso?
- Vou ter que trabalhar, moço. Sou canoeiro e rezador. E quero não trabalho certinho. Já passei por Serraria, Boa Fé, Laranjeiras, Santa Bárbara, Serra Vermelha, Conceição, Pitanga e me deixaram.
Ela tentou convencê-lo. Qual o problema, afinal? Ninguém mais aparecia por ali. E o homem, coitado, não fazia mal algum. Escrevia coisas, receitava, curava.
Voltou um dia, avisaram.
Na porta da varanda, notou que ela estava de cabelos soltos.
- Você me desculpou?
Deu-lhe as costas.
Trancou-se. Acompanhou-a, pela janela da sala, até cruzar a porteira.
Perguntou para o caseiro, tempos depois, aparentando desinteresse, se ela tinha voltado.
- Todos os dias, tardinha. Deita-se lá, onde dormia o homem, tempo curto, um tanto só, e pede, contrita, para tirar a simpatia do senhor.
O interessado em alugar a propriedade vinha logo atrás e aquilo o incomodava.
Notou, ali, um movimento qualquer.
E viu, de relance, no fundo do paiol em desarrumação, o corpo de um animal ao lado de fardos de ração, caixotes, bornais, enxós, jacás, rodas de cabreúva.
Um tordilho caído, inerte.
Havia, também - aumentando-lhe a irritação -, um homem e animais menores inteiramente enlameados.
- O que você faz aqui?
- Durmo, só.
- Como?
- Venho tarde. E durmo.
- E quem deixou?
- Não é caso de briga, não senhor...
- Quem?
- A moça.
Expulsou-o.
- Não tenho onde dormir com esse tempo danado.
- E eu com isso?
- Vou ter que trabalhar, moço. Sou canoeiro e rezador. E quero não trabalho certinho. Já passei por Serraria, Boa Fé, Laranjeiras, Santa Bárbara, Serra Vermelha, Conceição, Pitanga e me deixaram.
Ela tentou convencê-lo. Qual o problema, afinal? Ninguém mais aparecia por ali. E o homem, coitado, não fazia mal algum. Escrevia coisas, receitava, curava.
Voltou um dia, avisaram.
Na porta da varanda, notou que ela estava de cabelos soltos.
- Você me desculpou?
Deu-lhe as costas.
Trancou-se. Acompanhou-a, pela janela da sala, até cruzar a porteira.
Perguntou para o caseiro, tempos depois, aparentando desinteresse, se ela tinha voltado.
- Todos os dias, tardinha. Deita-se lá, onde dormia o homem, tempo curto, um tanto só, e pede, contrita, para tirar a simpatia do senhor.
quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011
quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011
“Matisse: The Life”, de Hilary Spurling, será lançado no segundo semestre pela Cosac Naify.
Publicada originalmente em dois volumes, em 1998 e 2005, reunidos na edição que sairá no País, a obra resultou de 15 anos de pesquisas e rendeu à autora o Prêmio Whitbread.
Henri-Émile-Benoît Matisse nasceu em Le Cateau, Picardia, em 31 de dezembro de 1869. Mudou-se para Paris em 1891 e estudou na École des Arts Décoratifs e no ateliê de Gustave Moreau.
Dos pintores fauvistas, que exploraram as cores fortes, Matisse foi o único a evoluir para o equilíbrio entre a cor e o traço em composições planas, sem profundidade.
Liberto do fauvismo, já maduro, o pintor revelou tendência a reduzir as linhas à essência, sem, contudo, se fixar na abstração.
Obra a ser lida e relida, vezes e vezes.
Publicada originalmente em dois volumes, em 1998 e 2005, reunidos na edição que sairá no País, a obra resultou de 15 anos de pesquisas e rendeu à autora o Prêmio Whitbread.
Henri-Émile-Benoît Matisse nasceu em Le Cateau, Picardia, em 31 de dezembro de 1869. Mudou-se para Paris em 1891 e estudou na École des Arts Décoratifs e no ateliê de Gustave Moreau.
Dos pintores fauvistas, que exploraram as cores fortes, Matisse foi o único a evoluir para o equilíbrio entre a cor e o traço em composições planas, sem profundidade.
Liberto do fauvismo, já maduro, o pintor revelou tendência a reduzir as linhas à essência, sem, contudo, se fixar na abstração.
Obra a ser lida e relida, vezes e vezes.
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