terça-feira, 18 de maio de 2010

Humberto Borém é o mais talentoso desenhista do país.
Desdenhou a crítica.
Desprezou-a, quase sempre.
Na contramão da lógica, refugiou-se em si mesmo durante anos, anos e anos - muito mais do que relatam as estórias sobre alguns gênios impressionistas, expressionistas, maneiristas, surrealistas.
As montanhas de Minas e seus minérios férreos puxaram-no de onde quer que estivesse, como se dele não quisessem se libertar, alforreando-o.
Conflituou-se sempre, cagando um milhão de tonéis de estrume líquido para os ícones e referências da arte brasileira.
Seus desenhos são extraordinários!
Puríssimos.
Afrontando a realidade visível, concreta, habita um pedaço de Belo Horizonte.
Faz tempo que não o vejo.
Procurei-o, anos depois, para que ilustrasse matérias de publicação que comandei em São Paulo.
Falamo-nos fragmentadamente.
A revista faliu e, creio, não lhe pagou o último trabalho que sequer chegou a ser publicado.

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