terça-feira, 18 de maio de 2010

Nos desenhos da Série Trágica, produzidos em 1947, Flávio de Carvalho atingiu o auge de sua arte.
Sobre esses trabalhos, escreveu Almeida Sales: "Não sabendo expressar-se mais profundamente do que por intermédio de sua gagueira de traços acumulados sobre a folha alva, ousou transformar o quarto da mãe morrendo em ateliê de registro do estranho fato. Saiu da alcova trágica como um deus que tivesse detido o processo inexorável da morte. Debaixo do braço, folhas riscadas com carvão guardavam, indelevelmente, a mais extraordinária fotografia de todos os tempos: os últimos estertores da vida de uma anciã entrando na morte, fixado pelo homem nascido de suas entranhas".

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