segunda-feira, 18 de abril de 2011

Em 15 de abril de 1874 foi aberta a exposição que deu origem ao movimento impressionista na Europa, reunindo 165 obras de 27 artistas, entre eles Pissarro, Monet, Renoir, Degas e Cézanne, que exibia, pela primeira vez ao público, sua obra-prima La maison du pendu.
As reações foram imprevisíveis, segundo o pintor:
“A multidão comprimia-se em um grunhido de revolta, os escárnios e as gargalhadas zombeteiras explodiam, toda uma histeria maldosa traduzia o medo, a inquietação e a incompreensão. Quem disse que a arte era uma atividade inocente? Ela era o próprio pulso de uma sociedade, seu reflexo, sua dimensão imaginária. Ao mesmo tempo fascinado e colérico, o público aglutinava-se diante das obras daqueles que eram chamados de “os intransigentes”, os artistas em ruptura com o academicismo, os revolucionários. Se, como disse Picasso, é verdade que ninguém ouve mais bobagens em um dia do que um quadro exposto, os quadros daquela manifestação foram mimados. Era horrível, imundo, revoltante, aqueles pintores, pessoas perversas, charlatões. Pintavam ao acaso, jogavam cor na tela sem pensar.”

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