"Em Piaçabuçu, Alagoas, acreditam que a cor de um animal pode significar força, resistência, indomabilidade. Cavalo forte é o castanho escuro das canas pretas. Cavalo preto é ligeiro e esperto. Cavalo alazão é bom corredor, porém pouco resistente. Cavalo russo de couro branco é fraquíssimo. Cavalo gázeo de olhos esbranquiçados é louco, rompe tudo, não respeita nada. Cavalo gato com quatro sinais brancos é muito ligeiro, por exemplo, três pés brancos e uma estrela na testa, são ligeiríssimos... dois são os tipos de passos: puxada a baixo e puxada-a-meio. Cavalo chotão é o que não tem habilidade, é bruto, anda a galope ou trote duro, é tão ruim que o melhor é andar a pé do que cavalgá-lo. O cavalo baixeiro é de passada baixa que não maltrata o cavaleiro. Cavalo esquipador é que tem puxada forte, certa, ritmada, anda muito depressa, tem esquipança. Depois da esquipança é o galope. O cavalo bom tem três passadas distintas: puxada baixa ou baixeiro, puxada do meio e esquipança”.
Alceu Maynard, “Folclore Nacional”.
quinta-feira, 13 de janeiro de 2011
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