A família decidia o que fazer.
Filhos, sobretudo.
Para que reagir?
Deitava-se.
O sono não vinha.
Fingia que dormia.
Ouvia os ruídos das casas vizinhas, da rua.
Contava as horas.
E os dias, quando não se confundia.
Torcia para que o telefone não tocasse.
Da última vez, após levantar-se da cama com a dificuldade de sempre, o telefone, na sala, emudeceu faltando pouco para
alcançá-lo.
Dois passos, talvez.
De pé, esperou que o aparelho voltasse a tocar.
Não tocou.
quinta-feira, 6 de janeiro de 2011
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