As espadas, buscapés e limalhas ainda são vistas nas festas juninas, apesar dos sinais de fadiga e declínio.
Ainda assim, os mestres fogueteiros continuam produzindo.
E vendendo.
São João sem faíscas, fumaça e estouros não tem graça - as guerras de buscapés faziam parte da tradição das ruas e bairros das cidades brasileiras
Ao som do forró, os mestres fogueteiros e seus assistentes rodeiam e batem a pólvora, no pilão. A zabumba dá o ritmo e organiza a atividade, para que todos soquem ao mesmo tempo.
Dali, o pó vai para as tabocas, onde é socado com fortes golpes de uma marreta. Retiradas dos bambuzais com alguns meses de antecedência elas são acumuladas e tratadas para ficarem com a cor branca. Depois são rodeadas por uma espécie de barbante, que lhes garante maior resistência. Muitas vezes esse serviço é feito pelas crianças ou mulheres, na porta das suas casas.
Daí, são preenchidas com barro, que também é socado com a mesma pequena marreta. A cerâmica evita que a parte de baixo também seja queimada durante a combustão dos fogos. Só então a taboca está pronta para receber a pólvora. Depois, as mulheres cobrem o artefato com papéis e fazem pequenos adornos.
Vão, então, para o depósito, onde aguardam as datas festivas.
Max Augusto
quarta-feira, 29 de setembro de 2010
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