João Francisco dos Santos nasceu em 25 de fevereiro de 1900 na cidade de Glória de Goitá, Pernambuco.
Foi dado pela mãe ainda menino e, pouco depois, fugiu com uma mulher que lhe ofereceu um emprego no Rio de Janeiro.
Passou a maior parte de sua vida nas ruas boêmias da Lapa.
Imperou, especialmente entre 1920 e 1950
Elegante, homossexual assumido, analfabeto, capoeirista e carnavalesco.
Madame Satã.
Após despontar como um dos primeiros travestis dos palcos brasileiros, ganhou fama como valente em escaramuças na Lapa, quase sempre resistindo à prisão por autoridades policiais.
Naquela época, cada malandro tinha sua área de influência: Saturnino, da Praça Onze; Gavião Branco e Gavião Preto, da Saúde; Henrique Fin-fin, da Praça Mauá; Brancura, que protegia os bares e casas de prostituição do baixo meretrício; Índio da Carmange, que protegia vários bares; Camisa Preta, o "rei da malandragem".
"Ouvi dizer que você matou uma pessoa com um soco...".
Satã - "Não, eu fui acusado de ter matado o compositor Geraldo Pereira com um soco. Mas o caso foi o seguinte: eu entrei no Capela e estava sentado tomando um chope. Ele chegou com uma amante dele, pediu dois chopes e sentou-se do meu lado. Aí, tomou uns goles e cismou que eu tinha que tomar o chope dele e ele tinha que tomar o meu. Ele pegou o meu copo e eu disse pra ele que o copo era meu. Ele achou que aquele copo era dele. Então, eu peguei o copo e levei para a minha mesa. Ele se levantou e me chamou pra briga. Disse uma porção de desaforos. Eu perdi a paciência, dei um soco nele, que caiu com a cabeça no meio-fio e morreu. Mas ele morreu por desleixo do médico, pois foi levado pela ambulância ainda vivo".
(trecho de entrevista dada ao jornalista Chico Jr.)
quinta-feira, 24 de junho de 2010
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