quarta-feira, 2 de junho de 2010

Dizem as línguas viperinas que para curar ressaca
o melhor remédio é chá. Chá de alecrim, pela
manhã, para recuperar a voz. De moela de galinha
com alfazema, antes das refeições, para lavar o estômago.
De boldo, para recuperar o fígado. De folhas de mamão,
no meio da tarde, para aquietar a cabeça.
De mulungu, à noite, para dormir pesado e esquecer os pecados.
Colher de azeite antes de sair para o boteco, óleo
de fígado de bacalhau, banho gelado...
O “Manual de sobrevivência nos butiquins mais
vagabundos”, de autoria do cantor, compositor e carioquíssimo
Moacyr Luz, revela que o sambista Luiz
Carlos da Vila cura ressaca indo para o samba. Já a
indicação de Wilson Flora, o Baiano, é morrer. A do Zé
Luiz do Império Serrano é a mulher não dar bronca –
“... depois, melhora tudo”. O cartunista Jaguar jura que
nunca teve ressaca. E a recomendação do Ruy Castro
é infalível: ser alcoólatra. Segundo ele, o alcoólatra,
organicamente, não tem ressaca.

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