terça-feira, 17 de agosto de 2010

No início, os campos eram rabiscados nas calçadas - "Eu igual a toda meninada, quanta travessura que eu fazia, jogo de botões sobre a calçada, eu era feliz e não sabia" (Ataulfo Alves) -, mas os botões não deslizavam bem. Depois, chegaram às mesas de jantar, muito mais convenientes. Naquela época, os botões de casacos mais pesados viravam zagueiros, os menores viravam atacantes e os pequeninos botões de ceroulas eram transformados em bola. Os goleiros eram caixas de fósforos. Até serem industrializados na década de 70, os jogadores foram forjados com fichas de cassino, de ônibus, tampas de relógios e pedaços de casca de coco, entre outros objetos.
Famosos ficaram os "botões de osso" ou de "paletó”, que nada mais eram que os botões retirados dos antigos ternos sociais; dentre esses, uma classe de botões conhecida como "Paulo Caminha", marcou época.

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