Construída em 1913, nos EUA, pela James Rees & Com., a embarcação navegou no rio Mississipi e, posteriormente, em rios da Bacia Amazônica. Na segunda metade da década de 20, a firma Júlio Guimarães adquiriu o vapor e o montou no porto de Pirapora, recebendo o nome de "Benjamim Guimarães", uma homenagem ao patriarca da família proprietária da firma. A partir de então, o barco passou a realizar contínuas viagens ao longo do Rio São Francisco e em alguns dos seus afluentes.
Por várias décadas, o Benjamim Guimarães foi utilizado no transporte de cargas e passageiros no trecho Pirapora - Juazeiro, no Norte da Bahia.
Em 1º de agosto de 1985, o Benjamim é tombado pelo IEPHA - Instituto Estadual do Patrimônio Histórico. No mesmo ano, já bastante deteriorado pela ação do tempo, recebe sua primeira reforma.
Em 1995, o Vapor apresenta falhas na caldeira e no casco e, por motivo de segurança, é interditado pela Capitania dos Portos de Minas Gerais.
Atracado no porto da Franave por quase 10 anos, o vapor voltou a navegar nas águas do "Velho Chico" na manhã do dia 11 de agosto de 2004, após passar por uma segunda recuperação.
O Benjamim Guimarães é o último exemplar movido a lenha existente no mundo. Tem capacidade para 140 pessoas, entre tripulantes e passageiros e consome 1 m³ de lenha por hora.
Dele, guardo uma caneca de lata pirografada por um dos seus marinheiros com desenho da embarcação. E a lembrança viva, clara de Sento Sé, Remanso, Casa Nova e Pilão Arcado, hoje cobertas pelas águas da barragem de Sobradinho.
quinta-feira, 22 de julho de 2010
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