Mundé, quebra-cabeça, fôjo ou quixó, arataca, chiqueiro, esparrela, arapuca, facho, cabaça, alçapão, visgo, laço.
Cadê as onças?
E as saracuras?
sexta-feira, 30 de julho de 2010
quinta-feira, 29 de julho de 2010
"Já caçou bem-te-vi
Insitiu no sofrê
É o diabo
Gaiolou curió
E calou o mainá
É o diabo
Segurou com o visgo da jaca
Cambaxirra, coleiro cantor
Tal e qual me prendeu a morena dendê
No amor...
São Francisco, amigo da mata
Justiceiro, viveiro quebrou
Mas não viu que a morena maltrata e me faz sofredor
Minha terra tem sapê, arueira
Onde canta o sabiá
E a morena quer me ver na poeira
E sem asa prá voar"
Visgo de Jaca, de Rildo Hora e Sergio Cabral.
Insitiu no sofrê
É o diabo
Gaiolou curió
E calou o mainá
É o diabo
Segurou com o visgo da jaca
Cambaxirra, coleiro cantor
Tal e qual me prendeu a morena dendê
No amor...
São Francisco, amigo da mata
Justiceiro, viveiro quebrou
Mas não viu que a morena maltrata e me faz sofredor
Minha terra tem sapê, arueira
Onde canta o sabiá
E a morena quer me ver na poeira
E sem asa prá voar"
Visgo de Jaca, de Rildo Hora e Sergio Cabral.
Dentre os amigos, Thiago de Mello foi o mais próximo, aquele que acompanhou José Lins do Rego até o final. Cuidava das feridas, coceiras e excrementos do enfermo vitimado por falência hepática, em decorrência de esquitossomoses sobrepostas contraídas na infância, nos caracóis do rio Parnaíba.
No documentário "O engenho de Zé Lins", de Vladimir Carvalho, o depoimento de Thiago é comovente. Ele fala da dor fortíssima de perder um amigo amado e da absurda resignação frente aos limites e à indesejada falência do corpo físico.
No documentário "O engenho de Zé Lins", de Vladimir Carvalho, o depoimento de Thiago é comovente. Ele fala da dor fortíssima de perder um amigo amado e da absurda resignação frente aos limites e à indesejada falência do corpo físico.
"How were you persuaded to embrace the audiobook format? Do you own or regularly use any of the high-tech gadgets that play these files?"
Woody Allen - "I was persuaded in a moment of apathy when I was convinced I had a fatal illness and would not live much longer. I don’t own a computer, have no idea how to work one, don’t own a word processor, and have zero interest in technology. Many people thought it would be a nice idea for me to read my stories, and I gave in".
The New York Times
Woody Allen - "I was persuaded in a moment of apathy when I was convinced I had a fatal illness and would not live much longer. I don’t own a computer, have no idea how to work one, don’t own a word processor, and have zero interest in technology. Many people thought it would be a nice idea for me to read my stories, and I gave in".
The New York Times
quarta-feira, 28 de julho de 2010
O livro se chamará "La victoria estratégica" e se concentrará na história de como poucas centenas de revolucionários sob seu comando derrotaram o Exército cubano em 1958.
Trará, também, lembranças da infância de Fidel Castro, de como ele se tornou um guerrilheiro, "El Caballo", além de fotos, mapas e planos da ofensiva armada contra o governo cubano de Fulgêncio Batista.
"Não queria esperar que um dia publicassem respostas para incontáveis perguntas que já fizeram sobre minha infância, adolescência e juventude, etapas que me converteram em revolucionário e combatente armado", disse ele.
Trará, também, lembranças da infância de Fidel Castro, de como ele se tornou um guerrilheiro, "El Caballo", além de fotos, mapas e planos da ofensiva armada contra o governo cubano de Fulgêncio Batista.
"Não queria esperar que um dia publicassem respostas para incontáveis perguntas que já fizeram sobre minha infância, adolescência e juventude, etapas que me converteram em revolucionário e combatente armado", disse ele.
A artista plástica (argh!) Lucy McRae, australiana, aplicou alfinetes no próprio rosto durante uma performance em São Paulo, na noite de ontem. Ela participa do projeto "Rojo Nova – Cultura contemporânea", uma parceria do Museu da Imagem e do Som com a publicação espanhola.
Por que não anzóis ou garatéias?
Por que não anzóis ou garatéias?
Morreu o pintor, arquiteto e paisagista Ruben Ludolf, um dos últimos remanescentes do histórico Grupo Frente, que introduziu o abstracionismo geométrico no Brasil, nos anos 1950.
Há três anos, vítima de um aneurisma da aorta, Ludolf foi obrigado a abandonar as tintas, trocando a pintura pelos guaches sobre papel.
A mostra "Diálogos", aberta com a presença do artista no último dia 9 de junho no Gabinete de Arte Raquel Arnaud, em São Paulo, foi prorrogada até 31 de julho.
Há três anos, vítima de um aneurisma da aorta, Ludolf foi obrigado a abandonar as tintas, trocando a pintura pelos guaches sobre papel.
A mostra "Diálogos", aberta com a presença do artista no último dia 9 de junho no Gabinete de Arte Raquel Arnaud, em São Paulo, foi prorrogada até 31 de julho.
Arrematados, ontem, por R$ 438 mil, no leilão de arte promovido no Rio de Janeiro por Soraia Cals e Evandro Carneiro, pelo mesmo comprador, três obras de Burle Marx ("Panneau" e dois acrílicos sobre telas datados de 1993).
Um Vitalino, "Nêgo atirando nas onças", de 1950, foi adquirido por R$ 26 mil.
Na lata!
Um Vitalino, "Nêgo atirando nas onças", de 1950, foi adquirido por R$ 26 mil.
Na lata!
terça-feira, 27 de julho de 2010
Não é dança de terreiro, mas de salão, de galpão. No centro, os dançarinos formam duas colunas, tendo à frente um violeiro-cantador. Um dos violeiros é o mestre e outro contramestre. A primeira designação popular é dada ao violeiro que faz a primeira voz e também é o autor da moda que vai ser cantada. O contramestre faz a segunda voz. Entre dançantes e violeiros na coluna em que está o mestre, fica o tirador de palmas ou palmeiro e na outra o tirador do sapateado
"O bate-pé, racha-pé, sapateado, xiba, catira, batuque de viola e o cateretê são tão semelhantes entre si que não passam de uma variedade da mesma dança. A diferença pode estar na velocidade com que os pés batem no chão, tal como o sapateado tatuiano, que é ligeirinho como que! O ritmo é obtido pelas chilenas, grandes rosetas das esporas dos antigos tropeiros sorocabanos. Ao levantar do chão os dois pés em conjunto, o dançarino une os calcanhares, de sorte que uma chilena se choque com a outra".
Cônego Luís Castanho de Almeida.
"O bate-pé, racha-pé, sapateado, xiba, catira, batuque de viola e o cateretê são tão semelhantes entre si que não passam de uma variedade da mesma dança. A diferença pode estar na velocidade com que os pés batem no chão, tal como o sapateado tatuiano, que é ligeirinho como que! O ritmo é obtido pelas chilenas, grandes rosetas das esporas dos antigos tropeiros sorocabanos. Ao levantar do chão os dois pés em conjunto, o dançarino une os calcanhares, de sorte que uma chilena se choque com a outra".
Cônego Luís Castanho de Almeida.
“Assim, ao ultrapassar a bilheteria, transpondo um pequeno biombo, o espectador se encontrava no interior do espaço cênico, aparentemente não havendo delimitação entre as áreas de público e de representação. Logo na entrada da sala havia quatro carcaças de automóveis anos 50, suspensas no ar, presas ao madeiramento do telhado por correntes e ganchos de guindaste. As aludidas carcaças eram dispostas com aparente displicência acima da altura da cabeça dos espectadores e no centro da largura da sala.”
Desta maneira, Newton de Souza descreveu o ambiente criado pelo diretor argentino Victor Garcia para a encenação, no Brasil, em 1969, da peça "O Cemitério de Automóveis", de Arrabal.
Sai de lá embasbacado, em direção à rodoviária, no Rio, para pegar o último ônibus da Viação Cometa de volta para Belo Horizonte.
Não consegui dormir um minuto sequer.
Desta maneira, Newton de Souza descreveu o ambiente criado pelo diretor argentino Victor Garcia para a encenação, no Brasil, em 1969, da peça "O Cemitério de Automóveis", de Arrabal.
Sai de lá embasbacado, em direção à rodoviária, no Rio, para pegar o último ônibus da Viação Cometa de volta para Belo Horizonte.
Não consegui dormir um minuto sequer.
"- ...Se entre Corisco
- Eu não me entrego não
Eu não sou passarinho
Pra viver lá na prisão
- Se entrega Corisco
- Eu não me entrego não
Não me entrego ao tenente
Não me entrego ao capitão
Eu me entrego só na morte
De parabelo na mão
- Se entrega corisco
- Eu não me entrego não..."
Deus e o Diabo Na Terra do Sol, de Sérgio Ricardo e Glauber Rocha.
- Eu não me entrego não
Eu não sou passarinho
Pra viver lá na prisão
- Se entrega Corisco
- Eu não me entrego não
Não me entrego ao tenente
Não me entrego ao capitão
Eu me entrego só na morte
De parabelo na mão
- Se entrega corisco
- Eu não me entrego não..."
Deus e o Diabo Na Terra do Sol, de Sérgio Ricardo e Glauber Rocha.
segunda-feira, 26 de julho de 2010
"Na modorra das tardes vadias na fazenda, era num sítio lá do bosque que eu escapava aos olhos apreensivos da família; amainava a febre dos meus pés na terra úmida, cobri meu corpo de folhas e, deitado à sombra, eu dormia na postura quieta de uma planta enferma vergada ao peso de um botão vermelho"...
Raduan Nassar, "Um Copo de Cólera.
Raduan Nassar, "Um Copo de Cólera.
Cartola é uma das sobremesas mais típicas do Nordeste.
A receita é da versão preparada no Restaurante Leite, no Recife, o mais antigo do país (1882).
Ingredientes:
. 1 banana prata cortada ao meio
. 1 fatia grossa de queijo manteiga
. Açúcar refinado
. Canela portuguesa
Preparo:
Grelhe separadamente a banana e o queijo, até dourar.
Coloque a banana em um prato e sobre ela o queijo ainda quente.
Polvilhe com a canela misturada ao açúcar e sirva imediatamente.
Depois, reze um terço e mande celebrar uma missa de ação de graças.
A receita é da versão preparada no Restaurante Leite, no Recife, o mais antigo do país (1882).
Ingredientes:
. 1 banana prata cortada ao meio
. 1 fatia grossa de queijo manteiga
. Açúcar refinado
. Canela portuguesa
Preparo:
Grelhe separadamente a banana e o queijo, até dourar.
Coloque a banana em um prato e sobre ela o queijo ainda quente.
Polvilhe com a canela misturada ao açúcar e sirva imediatamente.
Depois, reze um terço e mande celebrar uma missa de ação de graças.
Olympia Angélica de Almeida Cotta nasceu em Santa Rita Durão, distrito de Minas Gerais, e faleceu em Ouro Preto no ano de 1976 - aos 87 anos.
Dona Oympia tinha personalidade forte, sem papas na língua.
E era exímia contadora de histórias.
Considerada a Imperatriz do Brasil pelos estudantes da cidade, tinha entrada garantida em todos os lugares.
Olympia teve boa educação – estudou no Colégio das freiras Vicentinas, em Mariana.
Gostava de ler, escrevia poesias, tocava piano.
E falava latim.
Depois de uma decepção amorosa, caiu no mundo.
Gostava de usar muitas saias – uma por cima da outra, maquiagem pesada, unhas vermelhas. Passou a andar com um cajado na mão, do qual jamais se separava, decorado com flores, penas, papéis de bala, crepom, santinhos, pacotes vazios de cigarro, fotografias, broches…
Sua fama ultrapassou os limites de Minas, chegando a ser internacionalmente reconhecida. Foi capa da Life Magazine. Retratada por fotógrafos e pintores, inspirou músicas e poemas.
Por fim, foi tema de samba enredo da Mangueira.
“Sinhá Olympia, quem é você?
Sou amor, sou esperança
Sou Mangueira até morrer!”
Dona Oympia tinha personalidade forte, sem papas na língua.
E era exímia contadora de histórias.
Considerada a Imperatriz do Brasil pelos estudantes da cidade, tinha entrada garantida em todos os lugares.
Olympia teve boa educação – estudou no Colégio das freiras Vicentinas, em Mariana.
Gostava de ler, escrevia poesias, tocava piano.
E falava latim.
Depois de uma decepção amorosa, caiu no mundo.
Gostava de usar muitas saias – uma por cima da outra, maquiagem pesada, unhas vermelhas. Passou a andar com um cajado na mão, do qual jamais se separava, decorado com flores, penas, papéis de bala, crepom, santinhos, pacotes vazios de cigarro, fotografias, broches…
Sua fama ultrapassou os limites de Minas, chegando a ser internacionalmente reconhecida. Foi capa da Life Magazine. Retratada por fotógrafos e pintores, inspirou músicas e poemas.
Por fim, foi tema de samba enredo da Mangueira.
“Sinhá Olympia, quem é você?
Sou amor, sou esperança
Sou Mangueira até morrer!”
Ana Fernandes de Souza, a Ana do Baú, é natural de Campo Alegre, distrito de Turmalina, Vale do Jequitinhonha. O apelido vem da época que residiu na fazenda do Baú, nas proximidades de Minas Nova.
Ana se destacou pelas bonecas com rolinhos no cabelo e sorriso aberto.
Parou de trabalhar com cerâmica há cerca de 20 anos, logo após a morte de Natália, sua companheira.
Os instrumentos que usava me fascinaram: pedaços de talheres quebrados, cacos de telha, sabugos de milho, cascas de côco.
A peça espatifou-se por descuido de quem nos ajudava numa das muitas mudanças, restando os pés de saltos altos.
Guardei-os.
Ana se destacou pelas bonecas com rolinhos no cabelo e sorriso aberto.
Parou de trabalhar com cerâmica há cerca de 20 anos, logo após a morte de Natália, sua companheira.
Os instrumentos que usava me fascinaram: pedaços de talheres quebrados, cacos de telha, sabugos de milho, cascas de côco.
A peça espatifou-se por descuido de quem nos ajudava numa das muitas mudanças, restando os pés de saltos altos.
Guardei-os.
Participou ativamente da Bossa Nova, tendo músicas de sua autoria gravadas por Tom Jobim, Hubert Laws, Herbie Mann, Cannonball Adderley.
Consagrou-se com "Batida Diferente", "Estamos Aí", "Tristeza de Nós Dois", "Alvorada", entre muitas outras.
Apresentou-se com parceiros ilustres como Joe Carter, Jim Hall, Ron Carter, Richard Kimball, David Sanborn, Monty Alexander, Nina Simoni, Nilson Matta, Romero Lubambo, sendo conhecido e reconhecido em todo o mundo pela sua excepcional capacidade de criação, improvisos e interpretação.
Maurício Einhorn é um mito.
Carioca, nascido em 1932, praticamente trocou as fraldas pela gaita. Filho de gaitistas poloneses, ganhou seu primeiro instrumento aos 5 anos de idade e, desde então, não o largou mais. Aos 10 anos já se apresentava em programas de rádio.
Formou com Hélio Delmiro e Arismar do Espírito Santo um trio dos mais requisitados nas noites cariocas. Apresentou espetáculos antológicos ao lado de Leny Andrade, Johnny Alf e Paulo Moura, e no I Free Jazz festival, com seu conjunto e com o trio de Toots Thielemans.
Extraodinário!
Consagrou-se com "Batida Diferente", "Estamos Aí", "Tristeza de Nós Dois", "Alvorada", entre muitas outras.
Apresentou-se com parceiros ilustres como Joe Carter, Jim Hall, Ron Carter, Richard Kimball, David Sanborn, Monty Alexander, Nina Simoni, Nilson Matta, Romero Lubambo, sendo conhecido e reconhecido em todo o mundo pela sua excepcional capacidade de criação, improvisos e interpretação.
Maurício Einhorn é um mito.
Carioca, nascido em 1932, praticamente trocou as fraldas pela gaita. Filho de gaitistas poloneses, ganhou seu primeiro instrumento aos 5 anos de idade e, desde então, não o largou mais. Aos 10 anos já se apresentava em programas de rádio.
Formou com Hélio Delmiro e Arismar do Espírito Santo um trio dos mais requisitados nas noites cariocas. Apresentou espetáculos antológicos ao lado de Leny Andrade, Johnny Alf e Paulo Moura, e no I Free Jazz festival, com seu conjunto e com o trio de Toots Thielemans.
Extraodinário!
sexta-feira, 23 de julho de 2010
Quando a doença se prolonga indefinidamente, o povo, nas profundezas do Jequitinhonha, comenta que o doente está tão fraco que não tem forças para morrer. Às vezes, é preciso ajudar o doente a morrer. Usam passar sebo nas frontes ou dão de beber vinho de missa, leite de peito, ou caldo de sebo. Quando o doente está endiabrado, com o espírito atormentado, resolvem até batizá-lo de novo. Outros rezam as palavras ditas e retornadas da oração do Anjo Custódio. Existe um emplastro para ajudar a morrer. Quando o doente está mal, completando as horas mas não morre por falta de força, faz-se um emplastro de ovo batido misturado com farinha de trigo e vinho e se coloca sobre o estômago do moribundo.
Eu, hein, Rosa!
Eu, hein, Rosa!
Com a interrupção dos serviços de bondes na Zona Sul do Rio de Janeiro, alguns dos veículos foram realocados em outras áreas da cidade, mas a maioria foi levada para o depósito de lixo do Caju. Lá, os veículos tiveram suas partes de madeira queimadas e as metálicas vendidas a ferros-velhos.
Conforme as linhas das demais áreas iam sendo desativadas, os bondes eram desmontados e sucateados. Trinta e seis reboques pequenos foram colocados em praças públicas, onde acabaram seus dias depredados ou incendiados.
Não restou nenhum.
Alguns outros reboques pequenos foram doados ou vendidos a particulares, que os colocaram em suas propriedades.
Museus norte-americanos apressaram-se em adquirir 12 bondes abertos nas duas laterais, denominados de "modelo Narragansett". O Rio de Janeiro era a única cidade do mundo que ainda os mantinha. Cada bonde foi comprado por US$2.500,00. Transportados para os EUA, alguns ainda rodam regularmente em linhas turísticas ou durante a realização de eventos especiais. Outros aguardam reforma.
O itinerário do meu bonde, linha 9?
Mena Barreto, Real Grandeza, Gal. Polidoro, Rua da Passagem, Praia de Botafogo, Marquês de Abrantes, Rua do Catete, Largo da Glória, Rua da Glória, Rua da Lapa, Largo da Lapa, Mem de Sá, Riachuelo, Gomes Freire, Constituição, Sete de Setembro, 1º de Março, Conselheiro Saraiva, Cortines Laxe, Dom Gerardo (ah, as empadas do Mosteiro, ali, pertinho, na São Bento!), Arsenal da Marinha.
Cabra danado!
Conforme as linhas das demais áreas iam sendo desativadas, os bondes eram desmontados e sucateados. Trinta e seis reboques pequenos foram colocados em praças públicas, onde acabaram seus dias depredados ou incendiados.
Não restou nenhum.
Alguns outros reboques pequenos foram doados ou vendidos a particulares, que os colocaram em suas propriedades.
Museus norte-americanos apressaram-se em adquirir 12 bondes abertos nas duas laterais, denominados de "modelo Narragansett". O Rio de Janeiro era a única cidade do mundo que ainda os mantinha. Cada bonde foi comprado por US$2.500,00. Transportados para os EUA, alguns ainda rodam regularmente em linhas turísticas ou durante a realização de eventos especiais. Outros aguardam reforma.
O itinerário do meu bonde, linha 9?
Mena Barreto, Real Grandeza, Gal. Polidoro, Rua da Passagem, Praia de Botafogo, Marquês de Abrantes, Rua do Catete, Largo da Glória, Rua da Glória, Rua da Lapa, Largo da Lapa, Mem de Sá, Riachuelo, Gomes Freire, Constituição, Sete de Setembro, 1º de Março, Conselheiro Saraiva, Cortines Laxe, Dom Gerardo (ah, as empadas do Mosteiro, ali, pertinho, na São Bento!), Arsenal da Marinha.
Cabra danado!
quinta-feira, 22 de julho de 2010
Construída em 1913, nos EUA, pela James Rees & Com., a embarcação navegou no rio Mississipi e, posteriormente, em rios da Bacia Amazônica. Na segunda metade da década de 20, a firma Júlio Guimarães adquiriu o vapor e o montou no porto de Pirapora, recebendo o nome de "Benjamim Guimarães", uma homenagem ao patriarca da família proprietária da firma. A partir de então, o barco passou a realizar contínuas viagens ao longo do Rio São Francisco e em alguns dos seus afluentes.
Por várias décadas, o Benjamim Guimarães foi utilizado no transporte de cargas e passageiros no trecho Pirapora - Juazeiro, no Norte da Bahia.
Em 1º de agosto de 1985, o Benjamim é tombado pelo IEPHA - Instituto Estadual do Patrimônio Histórico. No mesmo ano, já bastante deteriorado pela ação do tempo, recebe sua primeira reforma.
Em 1995, o Vapor apresenta falhas na caldeira e no casco e, por motivo de segurança, é interditado pela Capitania dos Portos de Minas Gerais.
Atracado no porto da Franave por quase 10 anos, o vapor voltou a navegar nas águas do "Velho Chico" na manhã do dia 11 de agosto de 2004, após passar por uma segunda recuperação.
O Benjamim Guimarães é o último exemplar movido a lenha existente no mundo. Tem capacidade para 140 pessoas, entre tripulantes e passageiros e consome 1 m³ de lenha por hora.
Dele, guardo uma caneca de lata pirografada por um dos seus marinheiros com desenho da embarcação. E a lembrança viva, clara de Sento Sé, Remanso, Casa Nova e Pilão Arcado, hoje cobertas pelas águas da barragem de Sobradinho.
Por várias décadas, o Benjamim Guimarães foi utilizado no transporte de cargas e passageiros no trecho Pirapora - Juazeiro, no Norte da Bahia.
Em 1º de agosto de 1985, o Benjamim é tombado pelo IEPHA - Instituto Estadual do Patrimônio Histórico. No mesmo ano, já bastante deteriorado pela ação do tempo, recebe sua primeira reforma.
Em 1995, o Vapor apresenta falhas na caldeira e no casco e, por motivo de segurança, é interditado pela Capitania dos Portos de Minas Gerais.
Atracado no porto da Franave por quase 10 anos, o vapor voltou a navegar nas águas do "Velho Chico" na manhã do dia 11 de agosto de 2004, após passar por uma segunda recuperação.
O Benjamim Guimarães é o último exemplar movido a lenha existente no mundo. Tem capacidade para 140 pessoas, entre tripulantes e passageiros e consome 1 m³ de lenha por hora.
Dele, guardo uma caneca de lata pirografada por um dos seus marinheiros com desenho da embarcação. E a lembrança viva, clara de Sento Sé, Remanso, Casa Nova e Pilão Arcado, hoje cobertas pelas águas da barragem de Sobradinho.
1. Your first pour is the most important part. The first pour should suggest restraint and enthusiasm at the same time. You could have poured yourself more, but you're just having this much. You could have poured yourself less, but you're having this much. About two fingers if it's neat. Halfway up the glass if it's on the rocks. A three-quarters-full glass if you're mixing it with tonic or club soda.
2. And don't drink right away. Let it sit there for a few seconds. Wait 'til everyone has a drink in front of them. Anyway, you're not eager here. You're contemplative — of your drink and the topics at hand.
3. Don't drink more than your boss. Obviously. (The hierarchy of intake should reflect the hierarchy of the organization. The boss drinks the most. The assistant drinks the least. It's a sliding scale that everyone should honor.)
4. But drink unapologetically and intently. Take full sips. You're drinking, so drink. Just know when to slow down.
Trecho da matéria "How to Drink at Work", publicada na Esquire Magazine.
2. And don't drink right away. Let it sit there for a few seconds. Wait 'til everyone has a drink in front of them. Anyway, you're not eager here. You're contemplative — of your drink and the topics at hand.
3. Don't drink more than your boss. Obviously. (The hierarchy of intake should reflect the hierarchy of the organization. The boss drinks the most. The assistant drinks the least. It's a sliding scale that everyone should honor.)
4. But drink unapologetically and intently. Take full sips. You're drinking, so drink. Just know when to slow down.
Trecho da matéria "How to Drink at Work", publicada na Esquire Magazine.
quarta-feira, 21 de julho de 2010
"Nosso ideal é lutar
Lutar por ti, Madureira
Queremos ver tua bandeira
Tremular pelo ar
E assim queridos, unidos,
Seremos dez, vinte mil,
Em cada Glória que temos,
Daremos pujança ao esporte do Brasil
És Madureira, nosso castelo,
A nossa Catedral, ideal
O sol de muitos anos,
Dos tricolores suburbanos".
Hino do Madureira Esporte Clube, de Lamartine Babo
Lutar por ti, Madureira
Queremos ver tua bandeira
Tremular pelo ar
E assim queridos, unidos,
Seremos dez, vinte mil,
Em cada Glória que temos,
Daremos pujança ao esporte do Brasil
És Madureira, nosso castelo,
A nossa Catedral, ideal
O sol de muitos anos,
Dos tricolores suburbanos".
Hino do Madureira Esporte Clube, de Lamartine Babo
O curió é um imitador nato, não sendo aconselhável criá-lo com outras espécies de pássaros.
O canto Paracambi é considerado o mais bonito do Brasil, segundo afirmam os puristas. Esse canto tornou-se famoso pelo desempenho inesquecível de pássaros da estirpe de Rompe Nuvem, Carijó, Caboclo, Coroado e muitos outros.
Em torneios, o Paracambi tem como padrão cantar pelo menos dez notas, podendo o pássaro emitir doze notas sem prejuízo para o julgamento, devendo o seqüencial das notas seguir o sonograma padrão:
Entrada de Canto: ti – tui – tuil – tié – tié – tiu – tam – tiam
Módulo de repetição: tuil – tié – tió – tió / tuil – tié – tié – tiu - tam – tiam
Um curió pode atingir valores que variam de R$ 500,00 um filhote até R$ 100 mil, dependendo da qualidade e repetição de seu canto - foi o caso de Ciborg, um curió adquirido pelo tri-campeão brasileiro de futebol Rivelino, que pagou US$ 40 mil pela ave.
Haja gogó!
O canto Paracambi é considerado o mais bonito do Brasil, segundo afirmam os puristas. Esse canto tornou-se famoso pelo desempenho inesquecível de pássaros da estirpe de Rompe Nuvem, Carijó, Caboclo, Coroado e muitos outros.
Em torneios, o Paracambi tem como padrão cantar pelo menos dez notas, podendo o pássaro emitir doze notas sem prejuízo para o julgamento, devendo o seqüencial das notas seguir o sonograma padrão:
Entrada de Canto: ti – tui – tuil – tié – tié – tiu – tam – tiam
Módulo de repetição: tuil – tié – tió – tió / tuil – tié – tié – tiu - tam – tiam
Um curió pode atingir valores que variam de R$ 500,00 um filhote até R$ 100 mil, dependendo da qualidade e repetição de seu canto - foi o caso de Ciborg, um curió adquirido pelo tri-campeão brasileiro de futebol Rivelino, que pagou US$ 40 mil pela ave.
Haja gogó!
O New Museum, desenhado por Kazuyo Sejima e Ryue Nishizawa, Bowery, no Lower East Side, está expondo trabalhos da brasileira Rivane Neuenschwander.
As obras criadas pela mineira Rivane utilizam uma ampla gama de materiais, como flores secas, papel arroz, insetos, poeira, sujeira, sal e pimenta, materiais orgânicos que têm vida efêmera.
Há quem goste.
As obras criadas pela mineira Rivane utilizam uma ampla gama de materiais, como flores secas, papel arroz, insetos, poeira, sujeira, sal e pimenta, materiais orgânicos que têm vida efêmera.
Há quem goste.
No mês passado, Beart Lippert percorreu o museu do Louvre em 9 minutos e 14 segundos. Sua corrida foi filmada e será exposta em uma galeria na Suiça.
Tudo começou com o cineasta Jean-Luc Godard e seu filme "Bande à part", onde os personagens atravessam o museu correndo - uma alusão ao turista apressado, capaz de visitar o Louvre em menos de 10 minutos.
Sei...
Tudo começou com o cineasta Jean-Luc Godard e seu filme "Bande à part", onde os personagens atravessam o museu correndo - uma alusão ao turista apressado, capaz de visitar o Louvre em menos de 10 minutos.
Sei...
terça-feira, 20 de julho de 2010
"Lá quando em mim perder a humanidade
Mais um daqueles, que não fazem falta,
Verbi-gratia — o teólogo, o peralta,
Algum duque, ou marquês, ou conde, ou frade:
Não quero funeral comunidade,
Que engrole "sub-venites" em voz alta;
Pingados gatarrões, gente de malta,
Eu também vos dispenso a caridade:
Mas quando ferrugenta enxada idosa
Sepulcro me cavar em ermo outeiro,
Lavre-me este epitáfio mão piedosa:
"Aqui dorme Bocage, o putanheiro;
Passou vida folgada, e milagrosa;
Comeu, bebeu, fodeu sem ter dinheiro".
Manuel Maria Barbosa du Bocage
Mais um daqueles, que não fazem falta,
Verbi-gratia — o teólogo, o peralta,
Algum duque, ou marquês, ou conde, ou frade:
Não quero funeral comunidade,
Que engrole "sub-venites" em voz alta;
Pingados gatarrões, gente de malta,
Eu também vos dispenso a caridade:
Mas quando ferrugenta enxada idosa
Sepulcro me cavar em ermo outeiro,
Lavre-me este epitáfio mão piedosa:
"Aqui dorme Bocage, o putanheiro;
Passou vida folgada, e milagrosa;
Comeu, bebeu, fodeu sem ter dinheiro".
Manuel Maria Barbosa du Bocage
"Generación Y es un Blog inspirado en gente como yo, con nombres que comienzan o contienen una "i griega". Nacidos en la Cuba de los años 70s y los 80s, marcados por las escuelas al campo, los muñequitos rusos, las salidas ilegales y la frustración. Así que invito especialmente a Yanisleidi, Yoandri, Yusimí, Yuniesky y otros que arrastran sus "i griegas" a que me lean y me escriban".
Yoani Sánchez
Yoani Sánchez
"Minha mãe achava estudo
a coisa mais fina do mundo.
Não é.
A coisa mais fina do mundo é o sentimento.
Aquele dia de noite, o pai fazendo serão,
ela falou comigo:
"Coitado, até essa hora no serviço pesado".
Arrumou pão e café, deixou tacho no fogo com água quente.
Não me falou em amor.
Essa palavra de luxo".
Adélia Prado
a coisa mais fina do mundo.
Não é.
A coisa mais fina do mundo é o sentimento.
Aquele dia de noite, o pai fazendo serão,
ela falou comigo:
"Coitado, até essa hora no serviço pesado".
Arrumou pão e café, deixou tacho no fogo com água quente.
Não me falou em amor.
Essa palavra de luxo".
Adélia Prado
No início do século passado, a família Silvestrini, vinda da Itália, trouxe a fórmula do requeijão para o Brasil.
Ângelo Silvestrini e seu filho, Pedro, aprimoraram o produto e desenvolveram um requeijão diferente e deram a ele o nome de Cremelino, quando ainda moravam na cidade de Lambari, em Minas Gerais.
Leite fresco, fermento lácteo, creme de leite, massa coalhada e sal.
Só?
Não. A fórmula deste queijo está sob a vigilante guarda da famíla há quase 100 anos.
Os Silvestrini foram para São Lourenço, exceto Mario, irmão de Ângelo, que decidiu mudar-se para São Paulo, onde criou uma nova empresa que desenvolveu o Catupiry.
Hoje, é marca notória, título outorgado pelo Inpi.
O dicionário de queijos "Les Frommages", Larousse, apresenta um único laticínio brasileiro, o Catupiry.
Bão de mais da conta, sô!
Ângelo Silvestrini e seu filho, Pedro, aprimoraram o produto e desenvolveram um requeijão diferente e deram a ele o nome de Cremelino, quando ainda moravam na cidade de Lambari, em Minas Gerais.
Leite fresco, fermento lácteo, creme de leite, massa coalhada e sal.
Só?
Não. A fórmula deste queijo está sob a vigilante guarda da famíla há quase 100 anos.
Os Silvestrini foram para São Lourenço, exceto Mario, irmão de Ângelo, que decidiu mudar-se para São Paulo, onde criou uma nova empresa que desenvolveu o Catupiry.
Hoje, é marca notória, título outorgado pelo Inpi.
O dicionário de queijos "Les Frommages", Larousse, apresenta um único laticínio brasileiro, o Catupiry.
Bão de mais da conta, sô!
segunda-feira, 19 de julho de 2010
Alguns manuscritos e desenhos do espólio de Franz Kafka, que o amigo Max Brod guardou durante décadas, deverão ser retirados hoje de um cofre no banco UBS, na Suiça.
Em pauta, uma disputa legal pelos documentos que ficaram durante mais de cinquenta anos sob a guarda das herdeiras de Max Brod.
Kafka morreu em 1924, aos 40 anos, vítima de tuberculose, e se Max Brod tivesse cumprido o que o escritor lhe pediu, nunca teriam sido publicados os originais de "O Processo".
Max Brod, que emigrou para Telavive em 1939 perseguido pelos nazistas, legou à sua secretária, Esther Hoffe, o que sobrou do espólio de Kafka e esta o depositou, em 1956, no banco suíço.
Entre os documentos figuram os originais dos contos “Um Médico Rural”, “Um Sonho” e “Preparativos de uma Boda no Campo”, bem como de carta que Kafka escreveu em 1919 ao seu pai, criticando-o duramente.
Em pauta, uma disputa legal pelos documentos que ficaram durante mais de cinquenta anos sob a guarda das herdeiras de Max Brod.
Kafka morreu em 1924, aos 40 anos, vítima de tuberculose, e se Max Brod tivesse cumprido o que o escritor lhe pediu, nunca teriam sido publicados os originais de "O Processo".
Max Brod, que emigrou para Telavive em 1939 perseguido pelos nazistas, legou à sua secretária, Esther Hoffe, o que sobrou do espólio de Kafka e esta o depositou, em 1956, no banco suíço.
Entre os documentos figuram os originais dos contos “Um Médico Rural”, “Um Sonho” e “Preparativos de uma Boda no Campo”, bem como de carta que Kafka escreveu em 1919 ao seu pai, criticando-o duramente.
Duas igrejas setecentistas – Matriz de Nossa Senhora dos Prazeres e Capela Nossa Senhora do Rosário -, ladeadas por modesto casario colonial, conferem uma atmosfera de paz e contemplação à Milho Verde, parada obrigatória de todo viajante que trafega na rota entre o Serro e Diamantina.
Situado nas vertentes da Serra do Espinhaço, a 25km da sede do município do Serro, esse vilarejo não muito distante das cabeceiras do Rio Jequitinhonha foi elevado à categoria de distrito em nove de julho de 1868.
O entorno é mineiríssimo, igualmente: São Gonçalo do Rio das Pedras e Três Barras.
Situado nas vertentes da Serra do Espinhaço, a 25km da sede do município do Serro, esse vilarejo não muito distante das cabeceiras do Rio Jequitinhonha foi elevado à categoria de distrito em nove de julho de 1868.
O entorno é mineiríssimo, igualmente: São Gonçalo do Rio das Pedras e Três Barras.
"O jogo de finca envolve dois adversários que, com um objeto de ferro pontudo, fazem marcas no chão úmido, riscando de ponto a ponto, de modo a estrangular ou fechar o oponente, impedindo-o de movimentar-se. Para isso, exige-se as condições concretas de um terreno bem definido: o chão recentemente molhado pela chuva, não muito mole, consistente o suficiente para segurar o ferro pontudo e macio para ser riscado e deixar marcas definidas - a poeira as apagaria e o chão seco faria o ferro pular sem fincar no chão.
Trata-se de um jogo de pontarias, como o gesto de atirar facas.
O jogo começa pela disputa de quem joga primeiro. Para tal, risca-se o chão horizontalmente, delimitando que dali ninguém passa. À frente, numa distância razoável e desafiadora, risca-se um traço vertical. Os jogadores atiram suas fincas: quem acertar no fio do traço ou mais próximo dele começa o jogo. Cada um desenha sua casa, feita por um triângulo riscado no chão. Começa atirando a finca dentro da casa e estabelecendo o ponto inicial. Sem poder ultrapassar aquele ponto, mantendo os pés sempre atrás dele, o jogador tentará atirar sua finca o mais longe possível, em direção à casa do adversário. Se a finca se firmar no chão, ele traça um risco que vai desse primeiro ponto dentro da sua casa até o ponto atingido. Se acerta, ele não pára de jogar, até que erre, cedendo a vez ao outro. Cada jogador deve, além disso, tentar atingir o ponto o mais próximo da sua linha, tentando fechar os caminhos do adversário e obter sua derrota o mais rápido possível. Ninguém pode cortar linhas. Se alguém contorna a casa do adversário e chega à sua própria casa, é vencedor. Lembro-me de que era permitido furar a linha do outro ou própria por um golpe de lado, cavando uma espécie de subterrâneo, mas sem levantar muita terra, deitar demais a finca ou esburacar os riscados".
Luiz Carlos Garrocho
Trata-se de um jogo de pontarias, como o gesto de atirar facas.
O jogo começa pela disputa de quem joga primeiro. Para tal, risca-se o chão horizontalmente, delimitando que dali ninguém passa. À frente, numa distância razoável e desafiadora, risca-se um traço vertical. Os jogadores atiram suas fincas: quem acertar no fio do traço ou mais próximo dele começa o jogo. Cada um desenha sua casa, feita por um triângulo riscado no chão. Começa atirando a finca dentro da casa e estabelecendo o ponto inicial. Sem poder ultrapassar aquele ponto, mantendo os pés sempre atrás dele, o jogador tentará atirar sua finca o mais longe possível, em direção à casa do adversário. Se a finca se firmar no chão, ele traça um risco que vai desse primeiro ponto dentro da sua casa até o ponto atingido. Se acerta, ele não pára de jogar, até que erre, cedendo a vez ao outro. Cada jogador deve, além disso, tentar atingir o ponto o mais próximo da sua linha, tentando fechar os caminhos do adversário e obter sua derrota o mais rápido possível. Ninguém pode cortar linhas. Se alguém contorna a casa do adversário e chega à sua própria casa, é vencedor. Lembro-me de que era permitido furar a linha do outro ou própria por um golpe de lado, cavando uma espécie de subterrâneo, mas sem levantar muita terra, deitar demais a finca ou esburacar os riscados".
Luiz Carlos Garrocho
"Vai para a praia, para o campo, para as montanhas? Não se esqueça, seus pés também merecem férias. Dê-lhes o super conforto das Alpargatas Roda. Leves, macias e flexíveis, as Alpargatas Roda custam tão pouco e são formidáveis para toda a família, o ano inteiro. Compre ainda hoje. Alpargatas Roda – conforto em cada passo, economia em cada par!"
"Meu último suspiro" narra as relações entre vida e obra de Luis Buñuel, diretor de obras-primas como "Veridiana" e "O discreto charme da burguesia".
Com a colaboração do roteirista Jean-Claude Carrière, que deu forma ao texto, Buñuel relembra detalhes de suas produções, a começar por "Um cão andaluz", primeiro filme surrealista, feito em parceria com Salvador Dalí, passando por "Os esquecidos" e "Nazarin", produzidos no período em que viveu no México.
Dono de uma personalidade forte e complexa, boêmio e apaixonado por boxe e pelos prazeres da vida, Buñuel revela, sem pudores, passagens polêmicas como o afastamento do amigo Garcia Lorca e as brigas – incluindo um quase enforcamento – com Gala, mulher de Dalí.
Com a colaboração do roteirista Jean-Claude Carrière, que deu forma ao texto, Buñuel relembra detalhes de suas produções, a começar por "Um cão andaluz", primeiro filme surrealista, feito em parceria com Salvador Dalí, passando por "Os esquecidos" e "Nazarin", produzidos no período em que viveu no México.
Dono de uma personalidade forte e complexa, boêmio e apaixonado por boxe e pelos prazeres da vida, Buñuel revela, sem pudores, passagens polêmicas como o afastamento do amigo Garcia Lorca e as brigas – incluindo um quase enforcamento – com Gala, mulher de Dalí.
Ubirajara Quaranta Cabral criou, no final da década de 1950, em Ouro Preto, o Coral de Ouro Preto, com 10 vozes masculinas e nove vozes femininas, considerado um divisor de águas na passagem para a bossa nova. O Coral de Ouro Preto ganhou título nacional, do Jornal do Brasil, de melhor coral de música popular do início dos anos 1960.
"Balada das Ladeiras de Ouro Preto", dele, é uma jóia raríssima cuja gravação pode ser ouvida no YuoTube, http://www.youtube.com/watch?v=BS4HFLyaNPI.
"Balada das Ladeiras de Ouro Preto", dele, é uma jóia raríssima cuja gravação pode ser ouvida no YuoTube, http://www.youtube.com/watch?v=BS4HFLyaNPI.
"Quando à noite a linda lua
Torna as pedras cor de prata
Diamantina sai à rua
Transformada em serenata
Seresteiros indomados
Dedilhando violões
Levam música aos ouvidos
E saudade aos corações.
A seresta apaixonada
Corre as ruas do Macau
Capistrana Cavalhada
São Francisco, Burgalhau
Essas ruas serpeantes
É tão fácil entendê-las
Descem doidas por diamantes
Sobem ávidas de estrelas.
O Itambé mesmo de longe
Ouve os sons quase em surdina
Ergue as mãos azuis de monge
E abençoe Diamantina
Se de um sonho nada resta
Só saudade, só, mais nada,
Como é linda uma seresta,
Numa noite enluarada".
Hino de Diamantina, de Pe. Celso de Carvalho
Torna as pedras cor de prata
Diamantina sai à rua
Transformada em serenata
Seresteiros indomados
Dedilhando violões
Levam música aos ouvidos
E saudade aos corações.
A seresta apaixonada
Corre as ruas do Macau
Capistrana Cavalhada
São Francisco, Burgalhau
Essas ruas serpeantes
É tão fácil entendê-las
Descem doidas por diamantes
Sobem ávidas de estrelas.
O Itambé mesmo de longe
Ouve os sons quase em surdina
Ergue as mãos azuis de monge
E abençoe Diamantina
Se de um sonho nada resta
Só saudade, só, mais nada,
Como é linda uma seresta,
Numa noite enluarada".
Hino de Diamantina, de Pe. Celso de Carvalho
"The problem of illegal immigration isn’t a matter of violent criminals storming the walls of our peaceful towns and cities. It’s a matter of what to do about the estimated eleven million unauthorized residents who are already here. The mass-deportation fantasies of some restrictionists notwithstanding, the great majority of “illegals” are here to stay. That is a good thing, since they are, for a start, essential to large sectors of the economy, beginning with the food supply—the Department of Labor calculates that more than half the crop pickers in the United States are undocumented. National business leaders have no illusions about these basic facts of economic life. Last month, Mayor Michael Bloomberg formed a coalition of big-city mayors and chief executives of major corporations—including Boeing, Disney, Hewlett-Packard, and even Rupert Murdoch’s News Corporation—to lobby Congress for comprehensive immigration reform, including a path to legal status for all undocumented immigrants. Bloomberg calls the current immigration policy “national suicide... The problem of illegal immigration has been left to fester for decades. Every effort to address it has provoked a groundswell of angry obstructionism and demagoguery. Disingenuous calls for greater border security are now part of that obstructionism. The President blames, quite rightly, congressional Republicans for blocking reform, but plenty of Democrats, both in Congress and in the statehouses, have no stomach for tackling the issue, either—certainly not in an election year. Given the emotions that the topic arouses, the battle to pass immigration reform may end up making the struggle over health care look mild. It is time, nonetheless, to try to finally bring millions of men, women, and children in from the dark".
The New Yorker Magazine
The New Yorker Magazine
"O beijo da Mulher Aranha", de Hector Babenco, foi posto a venda por seu produtor, David Weisman, envolvendo direitos de exploração, negativos e cópias, masters digitais, copião, algumas versões do roteiro assinado por Leonard Schrader e um maço de cartas de executivos de estúdios que rejeitaram o projeto.
Tempo de vacas magérrimas!
Tempo de vacas magérrimas!
sexta-feira, 16 de julho de 2010
"Condenados a uma existência que nunca está à altura de seus sonhos, os seres humanos tiveram que inventar um subterfúgio para escapar de seu confinamento dentro dos limites do possível: a ficção. Ela lhes permite viver mais e melhor, ser outros sem deixar de ser o que já são, deslocar-se no espaço e no tempo sem sair de seu lugar nem de sua hora e viver as mais ousadas aventuras do corpo, da mente e das paixões, sem perder o juízo ou trair o coração".
Mario Vargas Llosa
Mario Vargas Llosa
quinta-feira, 15 de julho de 2010
Marie-Anne Cantin perpetua a tradição e a cultura da gastronomia francesa. Oferece, com o marido Antônio Dias e sua equipe, em sua loja da rue du Champ de Mars, produtos de qualidade extraodinária.
Intransigente, Marie Anne Cantin reúne os melhores queijos, incluindo aqueles produzidos com leite cru, em quantidade limitada, por pequenas queijarias.
Comprometida com a promoção dos queijos tradicionais, Marie-Anne Cantin fundou, em 1988, a "l’Association pour le Respect des Traditions Fromagères Françaises" para incentivar o desenvolvimento e a produção de queijos de leite cru e proteger determinadas raças de animais e sua alimentação.
Fromagerie Marie-Anne Cantin - 12 rue du Champs de Mars - 75007 PARIS
Intransigente, Marie Anne Cantin reúne os melhores queijos, incluindo aqueles produzidos com leite cru, em quantidade limitada, por pequenas queijarias.
Comprometida com a promoção dos queijos tradicionais, Marie-Anne Cantin fundou, em 1988, a "l’Association pour le Respect des Traditions Fromagères Françaises" para incentivar o desenvolvimento e a produção de queijos de leite cru e proteger determinadas raças de animais e sua alimentação.
Fromagerie Marie-Anne Cantin - 12 rue du Champs de Mars - 75007 PARIS
quarta-feira, 14 de julho de 2010
Caldinho de feijão preto
Ingredientes:
1/2 kg de feijão preto
150 gramas de linguiça paio cortada em rodelas
2 dentes de alho picados
2 colheres (sopa) de azeite
1/2 kg de costelinhas de porco
2 colheres (sopa) de cebola picadinha
1/2 xícara de óleo
Sal e pimenta
4 xícaras de torresmos
4 pãezinhos cortados em fatias
Modo de preparar:
Cozinhe o feijão com o paio e o alho já dourado no azeite. Depois de cozido, bata no liquidificador o feijão com o paio e a água do cozimento, verifique o sal e reserve.
Tempere as costelinhas de porco com a cebola, pimenta e sal a gosto. Frite no óleo bem quente até ficarem tostadas.
Sirva o caldinho bem quente em canecas, acrescentando para cada porção uma costelinha. Acompanhe com torresmos e fatias de pão francês.
Receita do bar Filial, São Paulo
Ingredientes:
1/2 kg de feijão preto
150 gramas de linguiça paio cortada em rodelas
2 dentes de alho picados
2 colheres (sopa) de azeite
1/2 kg de costelinhas de porco
2 colheres (sopa) de cebola picadinha
1/2 xícara de óleo
Sal e pimenta
4 xícaras de torresmos
4 pãezinhos cortados em fatias
Modo de preparar:
Cozinhe o feijão com o paio e o alho já dourado no azeite. Depois de cozido, bata no liquidificador o feijão com o paio e a água do cozimento, verifique o sal e reserve.
Tempere as costelinhas de porco com a cebola, pimenta e sal a gosto. Frite no óleo bem quente até ficarem tostadas.
Sirva o caldinho bem quente em canecas, acrescentando para cada porção uma costelinha. Acompanhe com torresmos e fatias de pão francês.
Receita do bar Filial, São Paulo
Robert Crumb lançou, no fim de 2009, Gênesis – uma versão em quadrinhos do mais antigo livro da Bíblia. Agnóstico, dedicou-se, por mais de quatros anos, aos estudos religiosos para fazer a adaptação.
Antes, Crumb já havia transposto obras de Franz Kafka, Charles Bukowski e Philip K. Dick. Entre os títulos publicados no Brasil, estão "Kafka de Crumb", "Fritz", "Mr. Natural", "Mr. Natural vai para o hospício" e "Minha vida".
Crumb é presença garantida na Flip, apesar do falecimento, ontem, de seu grande amigo Harvey Pekar, quadrinista cultuado pela série autobiográfica "American splendor".
Antes, Crumb já havia transposto obras de Franz Kafka, Charles Bukowski e Philip K. Dick. Entre os títulos publicados no Brasil, estão "Kafka de Crumb", "Fritz", "Mr. Natural", "Mr. Natural vai para o hospício" e "Minha vida".
Crumb é presença garantida na Flip, apesar do falecimento, ontem, de seu grande amigo Harvey Pekar, quadrinista cultuado pela série autobiográfica "American splendor".
terça-feira, 13 de julho de 2010
A Assembléia Nacional Francesa aprovou hoje, em primeira leitura e por uma esmagadora maioria (335 votos contra um), o projeto de lei que proíbe o uso do véu islâmico (burca ou niqab) em público. Os partidos de oposição (PS, PCF e os Verdes), recusaram-se a votar.
O projeto de lei, que não fala de uma interdição específica do véu, mas de uma “ocultação do rosto no espaço público”, terá, depois, que passar no Senado, em Setembro, para aprovação final.
O Conselho da Europa, um órgão de defesa dos direitos humanos, condena a proibição total dos véus usados por mulheres muçulmanas, mas recomenda aos seguidores do Islã que rejeitem costumes que negam os direitos femininos.
E a Anistia Internacional criticou duramente o projeto de lei ao considerar que viola a liberdade de expressão e de religião das mulheres afetadas.
"A proibição total de cobrir o rosto violaria os direitos de liberdade de expressão e de religião dessas mulheres que usam a burca e o niqab como expressão de sua identidade ou crenças", frisou John Dalhuisen, especialista da Anistia em assuntos de discriminação na Europa.
"No geral, os direitos de liberdade de religião e de expressão garantem a todos a liberdade de escolher o que usar ou não. E esses direitos não podem ser limitados, simplesmente porque alguns --ou uma maioria-- consideram esta forma de vestir objetável ou ofensiva", acrescentou.
O projeto de lei, que não fala de uma interdição específica do véu, mas de uma “ocultação do rosto no espaço público”, terá, depois, que passar no Senado, em Setembro, para aprovação final.
O Conselho da Europa, um órgão de defesa dos direitos humanos, condena a proibição total dos véus usados por mulheres muçulmanas, mas recomenda aos seguidores do Islã que rejeitem costumes que negam os direitos femininos.
E a Anistia Internacional criticou duramente o projeto de lei ao considerar que viola a liberdade de expressão e de religião das mulheres afetadas.
"A proibição total de cobrir o rosto violaria os direitos de liberdade de expressão e de religião dessas mulheres que usam a burca e o niqab como expressão de sua identidade ou crenças", frisou John Dalhuisen, especialista da Anistia em assuntos de discriminação na Europa.
"No geral, os direitos de liberdade de religião e de expressão garantem a todos a liberdade de escolher o que usar ou não. E esses direitos não podem ser limitados, simplesmente porque alguns --ou uma maioria-- consideram esta forma de vestir objetável ou ofensiva", acrescentou.
Utilizando antiga técnica de marchetaria adaptada aos instrumentos de corda, juntamente com a variação de cores do verniz, o lutiê Saulo Dantas-Barreto desenvolveu um violino com aparência arrojada sem perder a delicadeza das formas clássicas do instrumento. Construído em abeto, ácero e ébano, e tendo as cores que variam do quase preto ao amarelo-claro, é uma demonstração do que a arte da luteria pode expressar e produzir sem fugir dos padrões seculares de forma e cor. O “Mata Atlântica” integra a série “instrumentos temáticos” ao lado do violino “Floresta do Amazonas” e do violoncelo "Aleijadinho" numa inédita e bem sucedida associação de tradição, inovação, beleza e funcionalidade.
A jornalista Marcia Glogowski lança, hoje, na Livraria Cultura Conjunto Nacional, o livro "Aleijadinho, o violoncelo - A luteria de Dantas-Barreto", pela Alaúde.
A jornalista Marcia Glogowski lança, hoje, na Livraria Cultura Conjunto Nacional, o livro "Aleijadinho, o violoncelo - A luteria de Dantas-Barreto", pela Alaúde.
Fazia tempo que não se encontravam, muito tempo...
Ele estava desempregado.
E desesperado - telefone da casa de desempregado não toca, nunca.
Marcaram encontro, tarde já.
Quando chegou, ele já tinha tomado três doses de conhaque.
Guardou o dinheiro que sobrou para a condução de volta.
Abraçaram-se.
Demoradamente.
Rememoraram situações, casos.
Falaram de tudo.
Fazia frio naquela madrugada da Lapa.
Os travestis, poucos, escondiam-se nos beirais das velhas casas.
Alcoolizados, silenciaram-se.
Na parede de ladrilhos por trás do balcão, a pintura desbotada de Nilton Bravo.
Ao lado da assinatura, como de praxe,o telefone do pintor.
Pediram um saideira.
- "Deixa comigo, essa é minha", disse o amigo.
Bebeu de um gole só.
E pediu para usar o telefone.
O garçon, impaciente, abriu a fechadura que prendia o disco do aparelho.
Ligou.
3:20h.
- "Alô. É da casa do Nilton? Nilton Bravo, o pintor".
- "É ele? Nilton Bravo?"
- " Oh, Nilton, não leva a mal não, mas tu pinta mal para caralho!".
Ele estava desempregado.
E desesperado - telefone da casa de desempregado não toca, nunca.
Marcaram encontro, tarde já.
Quando chegou, ele já tinha tomado três doses de conhaque.
Guardou o dinheiro que sobrou para a condução de volta.
Abraçaram-se.
Demoradamente.
Rememoraram situações, casos.
Falaram de tudo.
Fazia frio naquela madrugada da Lapa.
Os travestis, poucos, escondiam-se nos beirais das velhas casas.
Alcoolizados, silenciaram-se.
Na parede de ladrilhos por trás do balcão, a pintura desbotada de Nilton Bravo.
Ao lado da assinatura, como de praxe,o telefone do pintor.
Pediram um saideira.
- "Deixa comigo, essa é minha", disse o amigo.
Bebeu de um gole só.
E pediu para usar o telefone.
O garçon, impaciente, abriu a fechadura que prendia o disco do aparelho.
Ligou.
3:20h.
- "Alô. É da casa do Nilton? Nilton Bravo, o pintor".
- "É ele? Nilton Bravo?"
- " Oh, Nilton, não leva a mal não, mas tu pinta mal para caralho!".
"Elegy", dirigido por Isabel Coixet ("Map of the Sounds of Tokyo"), baseia-se em obra de Philip Roth.
Conta a história de David Kepesh (Ben Kingsley), professor de literatura, que se apaixona, aos sessenta anos, por uma aluna - Consuela (Penélope Cruz), 30 anos mais jovem.
Depois de um ano e meio de relacionamento os dois se separam, mas Kepesh continua obcecado. Anos mais tarde, Consuela o procura para lhe fazer uma revelação trágica. Kepesh se vê, então, dividido entre entre as suas racionalizações rígidas e auto-referentes e o poder da paixão que irrompe, imprevisível, destruindo suas certezas.
Belíssimo!
Conta a história de David Kepesh (Ben Kingsley), professor de literatura, que se apaixona, aos sessenta anos, por uma aluna - Consuela (Penélope Cruz), 30 anos mais jovem.
Depois de um ano e meio de relacionamento os dois se separam, mas Kepesh continua obcecado. Anos mais tarde, Consuela o procura para lhe fazer uma revelação trágica. Kepesh se vê, então, dividido entre entre as suas racionalizações rígidas e auto-referentes e o poder da paixão que irrompe, imprevisível, destruindo suas certezas.
Belíssimo!
segunda-feira, 12 de julho de 2010
Os óculos Ray-ban surgiram a partir da necessidade de os pilotos de aeronaves militares protegerem seus olhos dos raios solares - isto ocorreu na década de 1920, quando a indústria de aviação crescia de forma extraordinária.
Depois de quase dez anos de pesquisa, a Baush & Lomb apresentou os óculos Anti-Glare Aviator, com lentes verdes de cristal especial, capazes de refletir e bloquear os raios solares. O nome Ray-Ban foi associado aos óculos em 1937, mesmo ano em que a Baush & Lomb começou a comercializar os óculos para os civis. De lá para cá, a marca Ray-ban lançou modelos que se tornaram verdadeiros sucessos de mercado e ditaram tendências no mundo da moda. Entre eles, além dos clássicos AVIATOR e WAYFARER, estão o SHOOTER (óculos com lentes verdes ou amarelas com armações mais grossas e largas) lançado em 1938; SMALL METAL (versão reduzida e colorida do Aviator); OUTDOORSMAN (muito semelhante ao modelo Shooter); CARAVAN (com formas quadradas); GRADIENT SILVER MIRROR (com lentes espelhadas em degrade); coleção SKI & SPORTS COLLECTION (composta por dois modelos de óculos e lentes para prática de esportes na neve como esqui e montanhismo) introduzida na década de 60; AMBERMATIC (que possibilitava a troca de lentes para adequar-se as mais diferentes condições climáticas); WINGS (um modelo definido como aerodinâmico e revolucionário) introduzido na década de 80; STREET NEAT (modelo semelhante ao WINGS com cores mais vivas e brilhantes); e o sistema DiamondHard Scratch-Protection (uma película que recobria a lente tornando-a 10 vezes mais resistente).
Depois de quase dez anos de pesquisa, a Baush & Lomb apresentou os óculos Anti-Glare Aviator, com lentes verdes de cristal especial, capazes de refletir e bloquear os raios solares. O nome Ray-Ban foi associado aos óculos em 1937, mesmo ano em que a Baush & Lomb começou a comercializar os óculos para os civis. De lá para cá, a marca Ray-ban lançou modelos que se tornaram verdadeiros sucessos de mercado e ditaram tendências no mundo da moda. Entre eles, além dos clássicos AVIATOR e WAYFARER, estão o SHOOTER (óculos com lentes verdes ou amarelas com armações mais grossas e largas) lançado em 1938; SMALL METAL (versão reduzida e colorida do Aviator); OUTDOORSMAN (muito semelhante ao modelo Shooter); CARAVAN (com formas quadradas); GRADIENT SILVER MIRROR (com lentes espelhadas em degrade); coleção SKI & SPORTS COLLECTION (composta por dois modelos de óculos e lentes para prática de esportes na neve como esqui e montanhismo) introduzida na década de 60; AMBERMATIC (que possibilitava a troca de lentes para adequar-se as mais diferentes condições climáticas); WINGS (um modelo definido como aerodinâmico e revolucionário) introduzido na década de 80; STREET NEAT (modelo semelhante ao WINGS com cores mais vivas e brilhantes); e o sistema DiamondHard Scratch-Protection (uma película que recobria a lente tornando-a 10 vezes mais resistente).
"Hoje de manhã sua carta me encontrou deprimido, totalmente desanimado; senti-me então muito longe de seus elogios, mesmo vindo ao encontro de meus desejos. Pois estou paralisado por alguma coisa convencional, que não sei o que é e que me impede de me exprimir na pintura como gostaria. Meu desenho e minha pintura estão separados.
Tenho o desenho que me convém, pois ele transmite o que sinto em particular. Mas tenho uma pintura reprimida por novas convenções de cores planas, com as quais devo me exprimir totalmente, cores locais exclusivamente, sem sombras, sem modelados, que devem reagir entre si para sugerir a luz, o espaço espiritual. Isso não combina em nada com minha espontaneidade, que me faz questionar num minuto um longo trabalho, porque reconcebo meu quadro várias vezes durante sua execução sem saber realmente aonde vou, entregando-me ao meu instinto. Descobri um desenho que, depois do trabalho de aproximação, tem a espontaneidade que desafoga todo o meu sentimento, mas esse meio vale exclusivamente para mim, artista e espectador. Mas um desenho de colorista não é um pintura. Teria que lhe dar um equivalente em cor. É a isso que não consigo chegar".
Carta de Henri Matisse a Pierre Bonnard, em MATISSE, Henri. Escritos e reflexões sobre arte, Cosac Naify.
Tenho o desenho que me convém, pois ele transmite o que sinto em particular. Mas tenho uma pintura reprimida por novas convenções de cores planas, com as quais devo me exprimir totalmente, cores locais exclusivamente, sem sombras, sem modelados, que devem reagir entre si para sugerir a luz, o espaço espiritual. Isso não combina em nada com minha espontaneidade, que me faz questionar num minuto um longo trabalho, porque reconcebo meu quadro várias vezes durante sua execução sem saber realmente aonde vou, entregando-me ao meu instinto. Descobri um desenho que, depois do trabalho de aproximação, tem a espontaneidade que desafoga todo o meu sentimento, mas esse meio vale exclusivamente para mim, artista e espectador. Mas um desenho de colorista não é um pintura. Teria que lhe dar um equivalente em cor. É a isso que não consigo chegar".
Carta de Henri Matisse a Pierre Bonnard, em MATISSE, Henri. Escritos e reflexões sobre arte, Cosac Naify.
A vida de Billy Paul é retratada no documentário "Am I Black Enough For You", dirigido por Göran Hugo Olsson.
Em 1972, Billy Paul reinava no topo das paradas norte-americanas por conta do sucesso de "Me and Mrs. Jones", balada da dupla Kenny Gamble e Leon Huff. A música integrava o álbum "360 Degrees of Billy Paul", que provocou uma reviravolta na carreira do cantor.
Naquele momento, ninguém poderia supor que o cantor iria descer do céu ao inferno em poucos meses por conta da escolha da explosiva "Am I Black Enough for You" - outra música de autoria de Gamble e Huff. Por tocar na ferida sempre aberta do racismo com versos provocadores e questionadores, Billy Paul perdeu o público e o sucesso, que somente lhe seriam devolvidos anos depois sob os globos espelhados das discotecas, onde hits como "Your Song" e "Only the Strong Survive" notabilizaram o artista nas paradas dos anos 1970.
Em 1972, Billy Paul reinava no topo das paradas norte-americanas por conta do sucesso de "Me and Mrs. Jones", balada da dupla Kenny Gamble e Leon Huff. A música integrava o álbum "360 Degrees of Billy Paul", que provocou uma reviravolta na carreira do cantor.
Naquele momento, ninguém poderia supor que o cantor iria descer do céu ao inferno em poucos meses por conta da escolha da explosiva "Am I Black Enough for You" - outra música de autoria de Gamble e Huff. Por tocar na ferida sempre aberta do racismo com versos provocadores e questionadores, Billy Paul perdeu o público e o sucesso, que somente lhe seriam devolvidos anos depois sob os globos espelhados das discotecas, onde hits como "Your Song" e "Only the Strong Survive" notabilizaram o artista nas paradas dos anos 1970.
sexta-feira, 9 de julho de 2010
"Quando se cria uma nova obra de arte, ao mesmo tempo acontece algo com todas as obras de arte que a precederam. Os monumentos existentes formam entre eles uma ordem que é modificada pela introdução da obra de arte nova (realmente nova). Antes de a nova obra chegar, a ordem existente está completa; e para que essa ordem persista após a chegada da novidade, toda ela tem de ser modificada, mesmo que seja de maneira quase imperceptível. Assim, as relações, proporções e valores de cada obra para com o todo reajustam-se; e isto é conformidade entre o velho e o novo".
T. S. Eliot
T. S. Eliot
“Na minha época, o trabalho artístico era uma vida de pobreza, ainda mais para nós jovens. Alguns saíam para a publicidade, outros persistiam. Mario de Andrade, em trabalho que ficou inédito até pouco tempo, disse que a escola paulista teve origem proletária. Volpi, Rebolo, Manuel Martins, Carnicelli vinham da classe trabalhadora; só depois a arte se abriu para os Jardins e a burguesia industrial paulista. No grupo que denominou de “artistas proletários”, Mario lembrava que Volpi, Rebolo e Zanini, por exemplo, eram pintores de parede; Rizzotti, torneiro; Bonadei, bordador; Pennacchi, açougueiro; Manuel Martins, aprendiz de ourives".
Mario Gruber
Mario Gruber
"Machado foi um crítico irredutível do naturalismo em todas as suas formas. Sua atividade crítica, aliada à exemplaridade da sua prática poética, é uma das causas da transformação (ou absorção) do Realismo pelo Parnasianismo, no Brasil. E um ensaio seu, publicado ainda no rescaldo da polêmica sobre o livro de Eça de Queirós, em 1879, intitulado “A nova geração”, pode ser considerado a base dos padrões de gosto e de valor que irão orientar não só a prática, mas principalmente a historiografia literária imediatamente subseqüente. Embora seja um poeta de nível, sua obra em versos parece hoje inferior aos romances da idade madura. Mas nem por isso a sua poesia deixa de elevar-se muito acima da média do tempo. Em certo sentido, pode-se dizer que, se no Machado prosador houve uma transformação para melhor por volta de 1880, o mesmo não ocorreu ao Machado poeta. Este se manteve estável, desde os primeiros aos últimos livros, nos limites de uma linguagem contida e de um tom reflexivo e sentencioso. Daí que os seus poemas mais reconhecidos sejam os de caráter alegórico e os apólogos".
Paulo Franchetti
Paulo Franchetti
"A encenação para a eleição de outubro já está pronta. Como numa fábula, a candidata do governo, bem penteada e rosada, quase uma princesinha nórdica, dirá tudo o que se espera que ela diga, especialmente o que o mercado e os parceiros internacionais querem ouvir".
Fernando Henrique Cardoso, em um exercício simplista de misoginia.
Fernando Henrique Cardoso, em um exercício simplista de misoginia.
quinta-feira, 8 de julho de 2010
A principal matéria prima, o barro, é extraído na própria região, em jazidas do Vale do Mulembá. A argila, antes de ser usada, passa por um processo de limpeza denominado "escolha", que consiste na retirada de impurezas, como pedras e restos de vegetais. Em seguida, devidamente envolta em plástico para manter a umidade, fica armazenada, descansando, antes de ser usada.
Os homens amassam o barro com os pés, pisando repetidas vezes, até torná-lo uniforme, consistente e com a plasticidade adequada.
A modelagem das panelas das mulheres paneleiras de Goiabeiras, em Vitória, Espírito Santo, é feita manualmente, sem o uso do torno de oleiro. A parede vai sendo levantada, com a forma desejada, usando-se a técnica de roletes ou diretamente, escavando uma bola de argila, "puxando a panela", como dizem, através de movimentos com as mãos, tanto circulares como verticais, abaulando, arredondando, definindo o formato da peça com a ajuda de ferramentas rudimentares - pedras lisas, cascas de coco, coité (pedaço de cabaça) e objetos similares.
A característica predominante das panelas é a sua coloração escura, que ocorre por meio de impregnação da peça com tanino, existente na árvore do mangue-vermelho -"rhizophora mangle". Usa-se a casca que é retirada do tronco, batendo-se fortemente com um porrete de madeira - as lascas são picadas e colocadas de molho, em água doce, para curtir por três dias, no mínimo.
A aplicação do tanino nas panelas é feita através de uma vassourinha embebida com o mesmo, na peça ainda quente, imediatamente após ter saído do fogo. Este processo de impregnação é conhecido como "açoite". Como resultado, o tanino penetra nos poros da cerâmica, cobrindo fissuras e tornando-a impermeável, servindo, também, para impedir a proliferação de fungos, que, com o correr do tempo, esfarelam o barro.
As panelas, depois de modeladas, ficam em lugar ventilado e protegido do sol até secarem completamente.
Dá-se, então, a queima. Não em forno, mas em fogueiras a céu aberto.
O processo consiste em empilhar as panelas sobre grossas toras de madeiras, formando o que chamam de "cama", para permitir a circulação do ar pela parte inferior. Nas laterais e em cima, são colocados pedaços menores de madeira. O fogo é ateado em uma das extremidades, na "cabeceira da cama", que se expande por todo o conjunto. Dependendo do número de peças, o cozimento pode durar uma ou muito mais horas.
Pronto.
Agora, é só curar.
Antes de começar os preparativos para uma autêntica moqueca capixaba, vai uma dica: o peixe a ser usado é o Papa-Terra, também conhecido como pé de banco, judeu, frade, betara ou embetara. E o coentro, pelo amor de Deus, só no finalzinho do cozimento!
Em tempo: moqueca, só a capixaba.
O resto, é peixada.
Os homens amassam o barro com os pés, pisando repetidas vezes, até torná-lo uniforme, consistente e com a plasticidade adequada.
A modelagem das panelas das mulheres paneleiras de Goiabeiras, em Vitória, Espírito Santo, é feita manualmente, sem o uso do torno de oleiro. A parede vai sendo levantada, com a forma desejada, usando-se a técnica de roletes ou diretamente, escavando uma bola de argila, "puxando a panela", como dizem, através de movimentos com as mãos, tanto circulares como verticais, abaulando, arredondando, definindo o formato da peça com a ajuda de ferramentas rudimentares - pedras lisas, cascas de coco, coité (pedaço de cabaça) e objetos similares.
A característica predominante das panelas é a sua coloração escura, que ocorre por meio de impregnação da peça com tanino, existente na árvore do mangue-vermelho -"rhizophora mangle". Usa-se a casca que é retirada do tronco, batendo-se fortemente com um porrete de madeira - as lascas são picadas e colocadas de molho, em água doce, para curtir por três dias, no mínimo.
A aplicação do tanino nas panelas é feita através de uma vassourinha embebida com o mesmo, na peça ainda quente, imediatamente após ter saído do fogo. Este processo de impregnação é conhecido como "açoite". Como resultado, o tanino penetra nos poros da cerâmica, cobrindo fissuras e tornando-a impermeável, servindo, também, para impedir a proliferação de fungos, que, com o correr do tempo, esfarelam o barro.
As panelas, depois de modeladas, ficam em lugar ventilado e protegido do sol até secarem completamente.
Dá-se, então, a queima. Não em forno, mas em fogueiras a céu aberto.
O processo consiste em empilhar as panelas sobre grossas toras de madeiras, formando o que chamam de "cama", para permitir a circulação do ar pela parte inferior. Nas laterais e em cima, são colocados pedaços menores de madeira. O fogo é ateado em uma das extremidades, na "cabeceira da cama", que se expande por todo o conjunto. Dependendo do número de peças, o cozimento pode durar uma ou muito mais horas.
Pronto.
Agora, é só curar.
Antes de começar os preparativos para uma autêntica moqueca capixaba, vai uma dica: o peixe a ser usado é o Papa-Terra, também conhecido como pé de banco, judeu, frade, betara ou embetara. E o coentro, pelo amor de Deus, só no finalzinho do cozimento!
Em tempo: moqueca, só a capixaba.
O resto, é peixada.
"Albert Hofmann labeled the chemical LSD-25, because it had been the 25th variation in his experiments. His employer, Sandoz laboratories (now a subsidiary of Novartis), began providing the substance to researchers in hopes of finding profitable applications. By the mid-1950s, the C.I.A., the U.S. Army, the Canadian government, and Britain’s M.I.6 had all jumped in, hoping LSD would serve as a truth serum or a new method of chemical warfare. Prisons and the military provided fertile and secret testing grounds. Other practitioners, varying widely in their legitimacy, experimented on derelicts, terminal cancer patients, residents of veterans’ hospitals, and college students. Within the psychiatric profession word spread that LSD held the potential to cure alcoholism, schizophrenia, shell shock (now known as post-traumatic stress disorder), and a wide range of other problems. Between 1950 and 1965, a reported 40,000 people worldwide would be tested or “treated” with LSD".
Vanity Fair Magazine
Vanity Fair Magazine
quarta-feira, 7 de julho de 2010
O navio que me levou para a Europa, em 1969, chamava-se Romeu Braga - o cargueiro foi o terceiro dos seis navios da classe encomendados pela Comissão de Marinha Mercante ao estaleiro Ishikawajima do Brasil, Rio de Janeiro, para atender o extinto Lloyd Brasileiro.
Dimensões: 145,50 mts de comprimento total; 135,01 mts de comprimento entre perpendiculares; 19,54 mts de boca; 8,73 mts de calado; 12,20 mts de pontal.
Deslocamento: aprox. 17.000 tons.
Porte Bruto: 13.160 tons, incluindo capacidade para 500 m3 de carga frigorífica.
Toneladas Brutas/Liquidas: 9.085 tons/3.130 tons.
Motor Principal: Sulzer de 7 cilindros tipo 7RND68 de 7.700 bhp de potência x 120 rpm; 1 eixo/hélice de 4 pás de 5,20 mts de diâmetro.
Em 1981, foi vendido para o armador Lefteros Shipping Inc., Luis Companhia Naviera S.A., Piraeus, Grécia, sendo renomeado como Bravo George.
No final dos anos 1990, foi vendido para demolição, presumidamente na India.
Foram-se, assim - quem sabe nas praias arenosas ao norte de Chittagong, em Bangladesh -, ele e recorrentes sonhos meus.
Dimensões: 145,50 mts de comprimento total; 135,01 mts de comprimento entre perpendiculares; 19,54 mts de boca; 8,73 mts de calado; 12,20 mts de pontal.
Deslocamento: aprox. 17.000 tons.
Porte Bruto: 13.160 tons, incluindo capacidade para 500 m3 de carga frigorífica.
Toneladas Brutas/Liquidas: 9.085 tons/3.130 tons.
Motor Principal: Sulzer de 7 cilindros tipo 7RND68 de 7.700 bhp de potência x 120 rpm; 1 eixo/hélice de 4 pás de 5,20 mts de diâmetro.
Em 1981, foi vendido para o armador Lefteros Shipping Inc., Luis Companhia Naviera S.A., Piraeus, Grécia, sendo renomeado como Bravo George.
No final dos anos 1990, foi vendido para demolição, presumidamente na India.
Foram-se, assim - quem sabe nas praias arenosas ao norte de Chittagong, em Bangladesh -, ele e recorrentes sonhos meus.
Al mediodía de hoy, miércoles 7 de julio, el cardenal Jaime Ortega Alamino ha sido recibido por el presidente cubano Raúl Castro Ruz. En el encuentro participaron también el ministro de Asuntos Exteriores y de Cooperación de España, Miguel Ángel Moratinos, y el ministro de Relaciones Exteriores de Cuba, Bruno Rodríguez Parrilla.
Horas antes, el cardenal Ortega había sostenido una reunión de trabajo conjunta con los ministros Moratinos y Rodríguez Parrilla.
Durante estas citas de hoy se conversó sobre el proceso iniciado el pasado 19 de mayo, cuando el presidente Raúl Castro Ruz recibió al cardenal Jaime Ortega y al presidente de la Conferencia de Obispos Católicos de Cuba, monseñor Dionisio García Ibáñez.
Hasta el presente, el desarrollo de este proceso ha permitido la liberación de un prisionero y el traslado de otros doce a sus provincias de residencia.
En el ámbito de estos encuentros de hoy, y siguiendo la continuidad del proceso antes mencionado, el cardenal Ortega fue informado que en las próximas horas otros seis prisioneros serán trasladados a sus provincias de residencia y que cinco más serán puestos en libertad y podrán salir en breve para España en compañía de sus familiares.
Las autoridades cubanas informaron además que los 47 prisioneros que restan de los que fueron detenidos en 2003, serán puestos en libertad y podrán salir del país. Esta gestión será concluida en un periodo de tres a cuatro meses a partir de este momento.
Este proceso ha tomado en consideración las propuestas expresadas previamente al cardenal Ortega por los familiares de los presos.
Orlando Márquez Hidalgo
Arzobispado de La Habana
Horas antes, el cardenal Ortega había sostenido una reunión de trabajo conjunta con los ministros Moratinos y Rodríguez Parrilla.
Durante estas citas de hoy se conversó sobre el proceso iniciado el pasado 19 de mayo, cuando el presidente Raúl Castro Ruz recibió al cardenal Jaime Ortega y al presidente de la Conferencia de Obispos Católicos de Cuba, monseñor Dionisio García Ibáñez.
Hasta el presente, el desarrollo de este proceso ha permitido la liberación de un prisionero y el traslado de otros doce a sus provincias de residencia.
En el ámbito de estos encuentros de hoy, y siguiendo la continuidad del proceso antes mencionado, el cardenal Ortega fue informado que en las próximas horas otros seis prisioneros serán trasladados a sus provincias de residencia y que cinco más serán puestos en libertad y podrán salir en breve para España en compañía de sus familiares.
Las autoridades cubanas informaron además que los 47 prisioneros que restan de los que fueron detenidos en 2003, serán puestos en libertad y podrán salir del país. Esta gestión será concluida en un periodo de tres a cuatro meses a partir de este momento.
Este proceso ha tomado en consideración las propuestas expresadas previamente al cardenal Ortega por los familiares de los presos.
Orlando Márquez Hidalgo
Arzobispado de La Habana
terça-feira, 6 de julho de 2010
Construída em 1719, a igreja de Nossa Senhora do Ó, em Sabará, Minas Gerais, é pequena e guarda, no seu interior, uma decoração riquíssima. A talha barroca, de estilo Dom João V, aliada às pinturas de 'chinesices', em ouro, imitam as lacas do oriente. A fachada principal é chanfrada em três planos, com torre sineira central no plano da porta de entrada. A cobertura de telhas canal, em duas águas, termina em beiral de cachorrada. O arco-cruzeiro é coberto de talha pintada e o retábulo da capela-mor corresponde à primeira fase do barroco mineiro.
Mais singela, impossível!
Mais singela, impossível!
Christian Blanc, ex-Secretário de Estado da Grande Paris, foi forçado a demitir-se por conta de gastos exorbitantes de dinheiro público - gastou 12 mil euros em compra de charutos, conforme denúncia publicada no jornal "The Canard Enchainé".
O puríssimo escolhido: Partagas D4, conhecido como um dos melhores (senão o melhor) robustos do mundo.
Très exigeante!
O puríssimo escolhido: Partagas D4, conhecido como um dos melhores (senão o melhor) robustos do mundo.
Très exigeante!
segunda-feira, 5 de julho de 2010
"Diego não conhecia o mar e seu pai, Santiago Kovadloff, levou-o para que descobrisse a imensidão. Viajaram para o sul. Quando o menino viu o mar, sentiu algo mais forte que ele e ficou mudo de tanta beleza. E quando finalmente conseguiu falar, tremendo, gaguejando, pediu ao pai: - Me ajuda a olhar".
Eduardo Galeano
Eduardo Galeano
Kirk Douglas remembers this period. "In the wee hours of the morning, and after more than a few drinks, Frank insisted on waking up the manager of the Sands, Carl Cohen, a very nice Jewish man. Frank became obstreperous, an argument ensued, Carl Cohen punched Frank in the mouth and knocked him down".
Most people avoided ever referring to this embarrasing episode. I couldn’t resist, and asked Frank, "What happened--did you and Carl Cohen have a fight in Las Vegas?" Frank was in an embarassing siutation and, to me, that is the test of a man. Frank paused, looked at me with those steely blue eyes, and said, "Yes". Then a twinkle came to his eyes and he added, "Kirk, I learned one thing. Never fight a Jew in the desert".
Most people avoided ever referring to this embarrasing episode. I couldn’t resist, and asked Frank, "What happened--did you and Carl Cohen have a fight in Las Vegas?" Frank was in an embarassing siutation and, to me, that is the test of a man. Frank paused, looked at me with those steely blue eyes, and said, "Yes". Then a twinkle came to his eyes and he added, "Kirk, I learned one thing. Never fight a Jew in the desert".
"O mundo é simplesmente merda pura
E a própria vida é merda engarrafada;
Em tudo vive a merda derramada,
Quer seja misturada ou sem mistura.
É merda o mal e o bem merda em tintura,
A glória é merda apenas e mais nada.
A honra é merda e merda bem cagada;
É merda o amor, é merda a formosura.
É merda e merda rala a inteligência!
De merda viva é feita a consciência,
É merda o coração, merda o saber.
Feita de merda é toda a humanidade,
E tanta merda a pobre terra invade,
Que um soneto de merda eu quis fazer..."
Damasceno Bezerra
E a própria vida é merda engarrafada;
Em tudo vive a merda derramada,
Quer seja misturada ou sem mistura.
É merda o mal e o bem merda em tintura,
A glória é merda apenas e mais nada.
A honra é merda e merda bem cagada;
É merda o amor, é merda a formosura.
É merda e merda rala a inteligência!
De merda viva é feita a consciência,
É merda o coração, merda o saber.
Feita de merda é toda a humanidade,
E tanta merda a pobre terra invade,
Que um soneto de merda eu quis fazer..."
Damasceno Bezerra
"Se querem mesmo ouvir o que aconteceu, a primeira coisa que vão querer saber é onde eu nasci, como passei a porcaria da minha infância, o que meus pais faziam antes que eu nascesse e toda esta lengalenga tipo David Copperfield, mas para dizer a verdade, não estou com vontade de falar sobre isso".
O Apanhador no Campo de Centeio, J.D. Salinger.
O Apanhador no Campo de Centeio, J.D. Salinger.
Bourbon é um dos 5 principais tipos de uísque: Bourbon, irlandeses, escoceses, canadenses e Tennessee. Por lei, para ser chamado de whisky bourbon, a bebida deve conter mash milho (51 %, pelo menos) e ser envelhecida em barris de carvalho por um período mínimo de dois anos.
Anota aí: Reserve Russell Kentucky Straight Bourbon Whiskey, Austin Nichols Co. (Lawrenceburg, KY), 10 anos; Kentucky Straight Bourbon Baker's Whiskey, Jim Beam, 7 anos.
Anota aí: Reserve Russell Kentucky Straight Bourbon Whiskey, Austin Nichols Co. (Lawrenceburg, KY), 10 anos; Kentucky Straight Bourbon Baker's Whiskey, Jim Beam, 7 anos.
"Do we hate soccer? That depends on who we think “we” are. One of the things that Franklin Foer’s charming book “How Soccer Explains the World” explains is how soccer, along with its globalizing, unifying effects, provides plenty of opportunities for expressions of nationalism, which need not be illiberal, and for tribalism, which almost always is. The soccerphobia of the right is tribalism masquerading as nationalism. One in four of those twenty million viewers of the U.S.-Ghana match was watching it on Univision, America’s leading Spanish-language network. The three others were—well, who knows. Liberals, probably, or worse. Enough. A yellow card is in order here, maybe a red one. Soccer may never be “America’s game” (though it’s already one of them), but America is game for soccer. We’re the Land of the Free, aren’t we? Can’t we be the land of the free kick, too?"
Hendrik Hertzberg em artigo publicado na The New Yorker Magazine.
Hendrik Hertzberg em artigo publicado na The New Yorker Magazine.
"Nos últimos anos, tenho me encontrado cercado pela morte de amigos. E, antes disso, meus pais morreram. Mas, nos últimos cinco anos, morreram meus amigos e meu irmão. É muita morte. Você começa a passar mais tempo em cemitérios. Passa algum tempo escrevendo tributos e falando nos funerais. E trata com os sobreviventes dos mortos. Volta para casa e se lembra dos mortos. Então, a morte entrou na minha vida com mais força do que em qualquer outro momento. Acho que, nesse período, perdi seis dos meus amigos mais próximos, a maioria 5 ou 10 anos mais velhos do que eu. A minha reação à morte dessas pessoas não foi de raiva. Não. Foi de tristeza e de incredulidade diante do fato de que partiram. Eu sentia, sim, raiva quando era adolescente, com 12, 13 anos, quando primeiro descobri a morte. Mas talvez tenha sido mais medo do que raiva. A ideia da morte me assustava muito".
Philip Roth em entrevista ao Estadão
Philip Roth em entrevista ao Estadão
De acordo com a Pricewaterhouse-Coopers, a receita com a comercialização de livros digitais no mundo deve crescer de US$ 1,1 bilhão, em 2009, para US$ 4,1 bilhões, em 2013. E os e-readers como o Kindle, da Amazon, e o Nook, da Barnes & Noble, devem mais do que dobrar, pulando de 5 milhões de unidades em 2009 para 12 milhões neste ano.
sexta-feira, 2 de julho de 2010
"Se a treva fui, por pouco fui feliz.
Se acorrentou-me o corpo, eu o quis.
Se Deus foi a doença, fui a saúde.
Se Deus foi o meu bem, fiz o que pude.
Se a luz era visível, me enganei.
Se eu era o só, o só então amei.
Se Deus era a mudez, ouvi alguém.
Se o tempo era o meu fim, fui muito além.
Se Deus era de pedra, em vão sofri.
Se o bem foi nada, o mal foi um momento.
Se fui sem ir nem ser, fiquei aqui.
Para que me reflitas e me fites.
Estas turvas pupilas de cimento:
Se devo a vida à morte, estamos quites".
Epitáfio - Paulo Mendes Campos
Se acorrentou-me o corpo, eu o quis.
Se Deus foi a doença, fui a saúde.
Se Deus foi o meu bem, fiz o que pude.
Se a luz era visível, me enganei.
Se eu era o só, o só então amei.
Se Deus era a mudez, ouvi alguém.
Se o tempo era o meu fim, fui muito além.
Se Deus era de pedra, em vão sofri.
Se o bem foi nada, o mal foi um momento.
Se fui sem ir nem ser, fiquei aqui.
Para que me reflitas e me fites.
Estas turvas pupilas de cimento:
Se devo a vida à morte, estamos quites".
Epitáfio - Paulo Mendes Campos
O funcionário público Alcides Aguiar Caminha, carioca, boêmio, ilustrou e comercializou cerca de 500 trabalhos, formato 1/4 de folha ofício, 24/32 páginas, p&b, que ficaram conhecidos como "catecismos" em face do seu conteúdo porno-erótico. Carlos Zéfiro - este era o seu pseudônimo -, mexeu com o imaginário da rapaziada dos anos 1950/60.
"Boas Entradas", "Desforra", "Diana, a Sacerdotisa", "Domada pelo Sexo 1 e 2", "Eu e o Coroa", "João Cavalo", "João Cavalo na Fazenda", "Maria, a Proibida", "Minha Vida no Convento" e "Putas Também Gozam" foram alguns dos seus grandes sucessos.
Ah, moleque!
"Boas Entradas", "Desforra", "Diana, a Sacerdotisa", "Domada pelo Sexo 1 e 2", "Eu e o Coroa", "João Cavalo", "João Cavalo na Fazenda", "Maria, a Proibida", "Minha Vida no Convento" e "Putas Também Gozam" foram alguns dos seus grandes sucessos.
Ah, moleque!
"Brasil ganaba 1-0 con gol de Robinho y le daba flor de paliza a Holanda, pero hubo un Naranjazo histórico en Port Elizabeth: Sneijder lo dio vuelta con dos goles en 15 minutos y mandó a la casa al Pentacampeón, que terminó con Felipe Melo expulsado y al filo de la goleada. En la Argentina se gritaron un poquito... ¡Vamos Argentina que se puede!".
Olé Diario Deportivo
Olé Diario Deportivo
Lisa Appignanesi e John Forrester analisam, em "As mulheres de Freud", as relações do pai da psicanálise com as mulheres que fizeram parte de sua vida - pacientes, companheiras e parentes.
Os autores explicam como a filha do psicanalista, a mulher, a mãe (êpa!) e personagens como Marie Bonaparte e Lou Andreas-Salomé tiveram papel central no desenvolvimento das ideias freudianas.
Os autores explicam como a filha do psicanalista, a mulher, a mãe (êpa!) e personagens como Marie Bonaparte e Lou Andreas-Salomé tiveram papel central no desenvolvimento das ideias freudianas.
Em Paris, após a Primeira Guerra Mundial, conviveram os mais importantes nomes da literatura do século XX: Fitzgerald, Hemingway, D. H. Lawrence, Joyce, Miller, Pound, Gertrude Stein, Edith Wharton. Esses artistas escolheram viver em total independência, adotaram Montparnasse como refúgio boêmio e constituíram um grupo que marcou a história da literatura e que ainda suscita o interesse da crítica e do público. Jean-Paul Caracalla recria essa época em "Os exilados de Monparnasse", Record, mostrando a cidade e os personagens mais interessantes que fizeram parte de sua história recente.
Fundado em 1858, o Café Tortoni é o mais antigo e tradicional da Argentina.
Alfonsina Storni, Benito Quinquela Martín, Carlos Gardel, Baldomero Fernández Moreno, Luigi Pirandello, Federico García Lorca e Arturo Rubinstein, entre outros artistas, escritores e parlamentares, foram seus freqüentadores habitués, dando ao local um caráter único.
Les Deux Magots sempre desempenhou um papel importante na vida cultural de Paris. André Gide, Jean Giraudoux, Picasso, Fernand Leger, Prévert, Hemingway, Sartre, Simone de Beauvoir estavam sempre por lá.
O Harry's Bar, em Veneza, foi inaugurado por Giuseppe Cipriani, bartender. Seus clientes mais notáveis foram Arturo Toscanini, Guglielmo Marconi, Charlie Chaplin, Alfred Hitchcock, Truman Capote, Orson Welles, Baron Philippe de Rothschild, Aristóteles Onassis, Barbara Hutton, Peggy Guggenheim, Woody Allen.
Aqui, o Antonio´s, no Leblon, reuniu, durante anos, personagens como Vinícius de Moraes, Antonio Carlos Jobim, Chico Buarque, Otto Lara Rezende, Carlinhos de Oliveira, Sérgio Porto, Regina Rotemburgo, Di Cavalcanti, Rubem Braga, Paulo Mendes Campos, Irineu Garcia, Mário de Almeida.
And than?
Como dizia o cartunista Jaguar, o que é pior: beber sozinho ou em casa?
Alfonsina Storni, Benito Quinquela Martín, Carlos Gardel, Baldomero Fernández Moreno, Luigi Pirandello, Federico García Lorca e Arturo Rubinstein, entre outros artistas, escritores e parlamentares, foram seus freqüentadores habitués, dando ao local um caráter único.
Les Deux Magots sempre desempenhou um papel importante na vida cultural de Paris. André Gide, Jean Giraudoux, Picasso, Fernand Leger, Prévert, Hemingway, Sartre, Simone de Beauvoir estavam sempre por lá.
O Harry's Bar, em Veneza, foi inaugurado por Giuseppe Cipriani, bartender. Seus clientes mais notáveis foram Arturo Toscanini, Guglielmo Marconi, Charlie Chaplin, Alfred Hitchcock, Truman Capote, Orson Welles, Baron Philippe de Rothschild, Aristóteles Onassis, Barbara Hutton, Peggy Guggenheim, Woody Allen.
Aqui, o Antonio´s, no Leblon, reuniu, durante anos, personagens como Vinícius de Moraes, Antonio Carlos Jobim, Chico Buarque, Otto Lara Rezende, Carlinhos de Oliveira, Sérgio Porto, Regina Rotemburgo, Di Cavalcanti, Rubem Braga, Paulo Mendes Campos, Irineu Garcia, Mário de Almeida.
And than?
Como dizia o cartunista Jaguar, o que é pior: beber sozinho ou em casa?
quinta-feira, 1 de julho de 2010
Hopper tells Colacello that his divorce from Brooke Hayward came about as he was leaving for New Orleans to shoot Easy Rider. "On the way to the airport she said, ‘You’re on a fool’s journey. Peter [Fonda] can’t act. You’re just going to make a fool of yourself.’ And I said, ‘Well, that’s the way it’s going to go.’ So we got divorced in the car. We just said, ‘That’s it.’" (“It’s completely idiotic,” Hayward tells Colacello of Hopper’s account, adding that she didn’t file for divorce until several months later).
Trecho da última entrevista de Dennis Hopper para a Vanity Fair Magazine.
Trecho da última entrevista de Dennis Hopper para a Vanity Fair Magazine.
Assinar:
Postagens (Atom)